terça-feira, 4 de maio de 2010

Sérgio Guerra, Jarbas, Lula e a definição da oposição


O senador Sérgio Guerra parece ter se decidido em sair para deputado federal. Pessoalmente é um acerto, coletivamente um erro. Porque? Bem, suas chances para a reeleição são poucas, pois está atrás nas pesquisas do seu próprio companheiro de chapa Marco Maciel e todos sabem que Eduardo Campos, candidato a reeleição de governador, com bons índices de aprovação faz pelo menos um dos seus companheiros. Assim, Sérgio estaria se decidindo em sair para a câmara, para onde teria uma eleição mais tranquila. E sobre isso tem dois pontos fundamentais interligados. Vai coordenar a campanha nacional de Zé Serra, por isso não teria tanto tempo para correr o estado da capital ao sertão. Sendo esse coordenador e presidente nacional do PSDB, seria muito facilmente ministro de estado, caso dê o tucano em outubro. Ora, se tem esse projeto nacional, então tanto faz ser deputado ou senador. Mas é um erro não entrar na disputa. Mesmo todos sabendo das dificuldades da campanha, a chapa mais forte é realmente o trio Jarbas, Guerra, Maciel. E política nem sempre se entra pra ganhar.
Alguns colunistas políticos apontam que a sua conversa com Jarbas já aconteceu. Jarbas teria considerado que a saída de Sérgio inviabilizaria todo o projeto da chapa estadual. Mas parece que já reconsiderou e teria reanalisado a conjuntura sem Sérgio Guerra, inclusive pensando em seu substituto. Mas é claro que tudo isso é especulação, mas é justamente a demora no anúncio que dá margem a vários tipos de análises.
O adiamento do último dia 30 para a próxima sexta-feira se deu por conta dessas negociações. Zé Serra lavou as mãos e mandou a galera daqui se resolver. Possivelmente Jarbas esperou a convocação oficial do presidenciável, que não aconteceu. Agora Jarbas antecipa para quinta-feira o seu anúncio se é candidato ou não, isso porque na sexta o presidente Lula estará em Pernambuco, assim, anunciando na quinta, estará nos jornais da sexta, nas mãos de Lula, de Eduardo e de todo o estado. Possivelmente se a resposta for sim, ainda não será com a chapa formada, pois um substituto deverá ser procurado para a segunda vaga do senado. Como Jarbas é do PMDB, Maciel do DEM e o PSDB está desistindo do senado com seu nome mais forte, as vagas de vice e uma do senado ficam livres e claro, o próprio PSDB teria uma delas, mas pode ser a de vice. Outros partidos que compõem a aliança têm no PPS o nome mais forte e Raul Jungmann poderia ser convocado para suprir essa lacuna. Mas seu nome não seria unanimidade. Ele diz que não quer, mas é notório sua vontade. Com seu estilo político poderia se transformar na metralhadora do guia.
Mas tudo depende da resposta de Jarbas, se for um "não", pode colocar no Marco Zero a mobilização da oposição para enfrentar Eduardo Campos em outubro, mostrando assim o fracasso das oposições nos últimos 4 anos, não conseguindo sequer lançar um projeto e um nome que possa antagonizar o governo estadual.
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