Ressalto aqui a gratidão e o respeito por Roberto Almeida, um dos mais respeitados jornalistas de Pernambuco. Não é segredo para ninguém que nutrimos uma amizade há mais de uma década que envolve nossas famílias e o respeito mútuo profissional. Contei com Roberto nos momentos mais difíceis da minha vida, assim como espero ter sido o amigo que ele sempre quiz de mim.
Incidentes na negociação dos cachés dos artistas levaram a este momento. É certo que tivemos a diminuição de dias de apresentações em alguns palcos e também dos valores que cada grupo receberia. Os músicos foram novamente chamados para ajustarem os cachés anteriormente já fechados. É neste momento que houve essas atribulações, relatadas por Roberto Almeida, e que eu, desde a sexta-feira, como já disse anteriormente, já havia sido informado, por alguns amigos. Preferi me resguadar, pois, como sabem, saí há pouco deste mesmo cargo que agora chama a atenção.
Porém o assunto tomou corpo, os artistas fizeram uma nota assinada como "Os Indignados" e o assunto acabou por ganhar a mídia. Espero que não passe de um grande mal-entendido.
Vejo nesse episódio duas situações diversas. A primeira diz respeito diretamente à negociação dos cachés. Até onde acompanhei, e foram quatro meses, não conheço nada que desabone a conduta da secretária Gabriela Valença, que acredito esteja com muita responsabilidade de dar conta de duas secretarias há dez dias de um grande Festival de Inverno. Estive com ela tratando inclusive dessa possibilidade de um evento alternativo para suprir a lacuna do Pau-Pombo. Não deve estar sendo fácil gerenciar o evento com a queda nos investimentos. Quanto ao caché dos artistas, foi Beto quem de fato fez esse novo acerto com os músicos, atendendo aos novos valores passados pela secretaria. Trabalhei 4 meses com Beto e posso atestar sua competência profissional. Caso, de fato, tenha havido algo de errado nessas negociações, aqueles que por ventura tenham o que falar, que se pronunciem, sob pena de se estar atingindo alguém sem provas.
As informações que tive foram de pessoas que preferiam não se expor, assim como as fontes de Roberto Almeida.
Mas aí vem o segundo ponto: A liberdade de imprensa, e ainda mais quando se trata de um profissional como Roberto Almeida, que tem contribuído com Garanhuns, criador de jornais em rádio, escrito e agora na internet com seu blog. Beto errou ao ligar para o jornalista para "tomar satisfações", seria mais claro uma nota de esclarecimento, se achava que deveria se pronunciar sobre o post do blog. E até aí, eu ainda não aconselharia. Ao ligar, segundo Roberto, em tom ameaçador, atingiu o que um jornalista tem de mais sagrado, a sua independência e a vontade una e objetiva de dar a notícia. E olha que Roberto sempre tem buscado informar as coisas boas da administração municipal também.
Conversei com Beto, e sei que sou um apaziguador nato, acho que as coisas se resolvem na base do diálogo. Beto refuta ter pedido algo aos artistas. Recebi ligações de amigos pedindo que eu buscasse esse entendimento e não expusesse ainda mais a situação.
Como eu disse, são dois pontos diversos, com atores diferentes. E que seria importante agora evitar que este problema viesse a tomar outra proporção, pondo em risco a beleza de um Festival de Inverno maravilhoso que se avizinha.
Como eu disse, são dois pontos diversos, com atores diferentes. E que seria importante agora evitar que este problema viesse a tomar outra proporção, pondo em risco a beleza de um Festival de Inverno maravilhoso que se avizinha.
Roberto Almeida tem credibilidade, faz um trabalho com dignidade e não podemos deixar que se sinta ameaçado em fazer seu trabalho missionário da informação. Os amigos da imprensa têm demonstrado apoio a Roberto Almeida, e eu, assino embaixo!
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