Ontem às 18h30min, na Capital Pernambucana, Jefferson Luis da Silva, ou Jefferson Magoo como muita gente o conhecia em Garanhuns, perdeu sua luta contra uma doença que o torturou nos últimos anos.
Jefferson é garanhuense e um video-documentarista respeitado no mundo cultural pernambucano, onde esteve sempre atento ao cenário artístico, registrando com sua equipe de filmagem as cenas e espetáculos dos maiores nomes da nossa música e aqueles que estão sempre aparecendo.
Jefferson rodou o mundo com seus documentários e participando de atividades sociais como um grande ativista ideológico.
Seus arquivos contam com milhares de horas da vida cultural pernambucana, e dentre elas centenas de horas foram dedicadas ao Festival de Inverno de Garanhuns. Um grande material que ele esperava um dia poder transformar num museu multicultural com diversas linguagens que pudessem mostrar o que de fato é a imensidão cultural do FIG. Sempre uma avalanche de ideias e ações. Um grande Museu Multimidia! Com vídeos espalhados por todos os lados, fotografias, artes plásticas, livros, música, etc. Conversamos bastante sobre isso!
Jefferson deu várias oficinas durante o FIG, e durante os últimos anos ministrou aulas a grupos de jovens sobre video-documentário e registro de eventos. Dezenas de alunos tiveram o ensinamento de Magoo. Um jovem de muita bagagem cultural, um sonhador com pés no chão...
Sua família em Garanhuns é muito grande e a legião de amigos é ainda maior. A cada Festival de Inverno a presença de Jefferson era obrigatória.
Tive há alguns anos um grave problema de saúde, que proporcionou me reaproximar de alguns parentes. Um deles foi Jefferson, e posso dizer sinceramente que me identifiquei com este primo, um cara autêntico e cheio de vida. E vida não é somente ter saúde. Vida é viver, e Jefferson viveu intensamente. Sua mãe, tia Dedê foi imprescindível em minha recuperação, assim como Mônica e toda a família de Jefferson, que me deram uma assitência de filho.
Para se ter a ideia da riqueza cultural deixada por Jefferson é saber qual o nome de sua empresa: BANCO DE IMAGENS DE PERNAMBUCO. Ouso dizer que ninguém em Pernambuco tem o material cultural registrado nas últimas décadas que tem Jefferson, creio que nem mesmo as grandes empresas de comunicação em Recife.
Que Deus dê o conforto a tia Zeneide (Dedê), seus irmãos (Mônica, Marcos, Magno e Magda), tia Nanã, parentes próximos e tantos amigos aqui, em Olinda e no Recife. Meu pai é tio de Jefferson, e eu um primo, com muito orgulho de poder dizer!
