quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Uma Garanhuns transformada e crescendo da forma que queremos


Tenho visto nos últimos dias uma discussão sobre nomes que não sei se nesse momento é importante para Garanhuns. Se o prefeito for fulano ou Beltrano vai melhorar. E outra coisa, procurar saber se os recursos são federais ou municipais nas obras que estão sendo feitas na periferia, para quem está na periferia, não importa, o que importa é fazer.

São recursos federais sim, mas estão em Garanhuns. Não é a prefeitura, e nem poderia, com o atual quadro financeiro desenhado na região, muita gente está feliz somente porque o prefeito conseguiu segurar a administração sem demissão.

Garanhuns vem cortando o cordão umbilical com sua administração pública, e isto é desenvolvimento. As coisas vêm acontecendo independentemente do patrocínio público, ou seja, a roda gigante começa a girar.

Em cidades pequenas a dependência do poder público é integral. Nada acontece e as pessoas têm na prefeitura a sua sobrevivência.
Temos no momento na administração pública municipal alguns órgãos e pessoas competentes que estão desenvolvendo bons trabalhos. Em outros setores temos pessoas que estão simplesmente pela dependência do emprego. Sem a capacidade necessária para a ação pública. Então vamos incentivar aqueles que estão cumprindo bem seu papel com o reconhecimento, assim deve ser.
Mas, independentemente disso, em Garanhuns as coisas vêm acontecendo. Na saúde, na educação, nos empreendimentos, na construção civil, etc. Sejam investimentos públicos ou privados, a cidade vai se transformando. É claro que ter um governo empreendedor e parceiro acelera o ritmo deste crescimento, seja ele municipal, estadual ou federal.
Mas não creio que a discussão personalista sobre fulano ou beltrano no futuro, voltando a criar heróis seja benéfica. Precisamos sim, criar um modelo de administração que gere desenvolvimento para a cidade, para que não percamos esse momento de demanda e fluxo de ações positivas.

E são várias boas notícias em vários segmentos.

Precisamos identificar entraves como o plano diretor do município que está deixando a cidade "nanica", segundo palavras de Paulo Camelo. Precisamos cobrar responsabilidade e competência de órgãos públicos, como a Câmara de Vereadores, que deixou de ser um órgão de discussão dos anseios populares e fiscalizador do executivo para ser um balcão de atendimento popular.

Precisamos discutir nosso trânsito. Nosso centro da cidade. Nossa lei de incentivo à captação de empreendimentos industriais. Porque não funciona? Precisamos cobrar nossos representantes políticos.

E precisamos aprender a antever o futuro. Como será a Garanhuns de daqui a 10 anos? Teremos quase duas dezenas de estudantes universitários. Como vamos melhorar nossa infra-estrutura para esse crescimento sem perder a qualidade de vida?

Não podemos perder mais nada. Já perdemos tudo que podíamos nos últimos trinta anos. E não vejo que seja discutir se foi A, B ou C possa melhorar o presente. O que não podemos é repetir os erros do passado fazendo o jogo político da mesma forma.
Precisamos de representatividade política na esfera administrativa estadual. Garanhuns precisa estar presente nas grandes decisões.

Municípios como Petrolina, Caruaru e Campina Grande já aprenderam a crescer independemente de quem seja o prefeito, se é do lado de cá ou de lá. Precisamos fazer igual.

E não vou deixar de comparar Garanhuns a estas cidades, pois nosso potencial é neste nível. Não podemos deixar de merecer nosso futuro comparando com cidades que vivem exclusivamente da prefeitura. Espero subirmos desse patamar.

Finalizando, precisamos desejar e construir a cidade que queremos, e não vai ser um prefeito ou prefeitura que fará tudo. Mas sabendo cobrar e contribuir com quem está lá pode também transformar Garanhuns.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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