domingo, 7 de fevereiro de 2010

Futebol pernambucano - A rodada do final de semana


A rodada do final de semana teve poucas surpresas, quem estava na frente continuou na frente, quem estava atrás, com exceção do Central, continua lá atrás. No sábado o Sport venceu a Cabense. Final do jogo Nadson 2 X 0 Cabense. O Sport está jogando o básico para ser líder, mas a verdade é que não tem quem acompanhe. Poderia ser o Náutico, até que poderia, mas esse vem conseguindo resultados de vitórias impressionantes, e não está convencendo nem sua própria torcida. Ontem foi umzinho a zero, nos Aflitos contra o pobre Vitória, gol de bala cobrando pênalty. Claro que o que vale são os três pontos, mas se quiser ganhar o campeonato do Leão tem que jogar mais. Em Caruaru, o clássico da Capital do Forró e o nome do jogo foi Guego. Ele que já foi do Porto fez o gol da vitória patativa e ainda perdeu um Pênalty. Os outros jogadores entraram em campo só pra completar os times. Só Guego apareceu. Esse resultado tirou o Central das últimas posições da classificação. Ele era o décimo primeiro, vaguinha cabulosa agora ocupada pelo Araripina. O time do Sertão que vem fazendo sua primeira participação na primeira divisão do campeonato pernambucano vai ter que melhorar de rendimento se quiser continuar entre os grandes. Perdeu do Salgueiro em Salgueiro. Dois a zero. Mas é claro que o Araripina não está só na zona de rebaixamento, abaixo dele ainda tem o Sete de Setembro, de Garanhuns. Que deu sinais de recuperação arrancou um pontinho do Vera Cruz, que por sinal há algumas rodadas estava bem, mas foi caindo de rendimento e agora ta ali, no meio do bolo. E pra finalizar os jogos da rodada teve o Santa Cruz pegando o Ypiranga no Arruda. Meu irmão, esse poço que o Santinha ta cavando num acha água não é? Num tem fundo não é? Quando a gente acha que o Santa chegou no fundo do poço ele cava mais uns dois metros. O time empatou com o Ypiranga, e olha que o time da máquina de costura fez seu gol aos 30 segundos de jogo. O Santa Cruz ainda tava saindo do hotel e já tava perdendo. Conseguiu empatar e só. Comemoremos o resultado. Não perdeu. Agora o Sport é líder com 20 e o Náutico é segundo com um ponto a menos. Duas surpresas completam o quarteto que hoje fariam as semifinais do campeonato. Salgueiro é terceiro e Cabense é o quarto. Ypiranga quinto. Santa sexto. Porto e Vera Cruz têm 10 pontos e são 7° e 8º. A briga do descenso começa com o Central 9º com 8, mesma pontuação do Vitória. Araripina tem sete e o Sete tem cinco. Na quarta-feira tem o jogo dos desesperados lá no Sertão. Araripina e Sete. Para o Sete a situação está ficando difícil, mas alguns jogadores estrearam e se espera uma recuperação. Sport, Náutico e Santa Cruz jogam no interior. Sport e Ypiranga, difícil pro Leão. Náutico e Central, difícil pro timbu... e Santa Cruz contra o Vitória. Bem, pra cobrinha qualquer jogo agora é difícil.
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Crônica esportiva enviada para 18 rádios do interior de Pernambuco. Caso queira ficar recebendo o áudio diário, é só enviar a solictação para ronaldo.vox@hotmail.com. E você terá sempre no seu e-mail, para baixar e ouvir quando e onde quiser.
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Chapa Aécio/Ciro é uma possibilidade real


O Presidente já escolheu sua candidata, chama-se Dilma Roussef. Esta mesma cresce nas pesquisas e praticamente empata com o líder José Serra. Por sinal, este também já foi escolhido pelo principal partido de oposição, o PSDB. O que ambos têm em comum? Altíssimos índices de rejeição. Estratosféricos. Todos os votos de Dilma são de Lula. São os que ele consegue repassar pela enoooorme aprovação ao seu governo. Os votos que ela não tem, não tem por sua própria imagem, a qual foi fazendo ao longo dos anos, principalmente considerada antipática e arrogante. Assim, muita gente ainda não tem segurança que ela depois da eleição ganhe ares de independência, como aliás muita gente faz ao se eleger, desconstruir seu mentor e criar seu próprio governo. Quem vota na Dilma quer somente a continuidade de Lula. Do outro lado, quem vota no Serra vota no Serra, em sua imagem mais conhecida no mundo político. Assim todo mundo sabe porque votar ou não votar. Quem não vota não quer voltar o tempo de FHC ou do PSDB no poder e prefere continuar com o PT. Quem vota aprova o trabalho do governador Paulista. Mas eis que Dilma se aproxima de Serra e ele, sem ainda se manifestar candidato, pode ainda sair do páreo, claro, com uma reeleição segura em São Paulo. No PSDB todo mundo sabe que Aécio só desistiu de mentirinha e está pronto pra botar o bloco na rua, e já tem seu vice colado na chapa, seu nome? Ciro Gomes. Seria uma proposta jovem e quase sem rejeição. Ciro vem com 10% das intenções de voto para presidente, e já chegou nos 20%, e o governador mineiro sempre bateu nessa faixa também, a favor da chapa contam vários motivos que Dilma não tem, experiência administrativa, baixa rejeição, jovens e bonitos, Patrícia Pilar, uma chapa Sudeste/Nordeste, partidos oposição/governo, Serra em São Paulo, PMDB dividido, Eduardo Campos em Pernambuco, etc, etc,etc. O Brasil dirá -"Era isso que queríamos?". É bom lembrar que ambos são próximos de Lula e que se Aécio quisesse ter saído do seu partido poderia até ser o candidato do presidente. E Ciro até pensou que Lula pudesse ter dois candidatos e chegou a viajar com ele para visitar obras. Agora, quando se imaginou que pudesse desistir, o ex-governador cearense e ex-ministro de Lula pode ser ainda o trunfo da eleição. Aécio sabe que se aceitar a vice de Serra, a chapa fecha e essa articulação tem fim, por isso aposta ainda na desistência do tucano paulista, que quando se ver ultrapassado por Dilma pode colocar o pijama e voltar pras chuvas paulistas, deixando a aventura de viajar todo o Brasil pros jovens, e aí seria a grande chance da história colocar no planalto o filho do Tancredo Neves, Já imaginou uma campanha assim?
Essa hipótese tem tirado o sono de Lula, e não é nenhuma novidade. Segundo o jornalista Cláudio Humberto, Lula considera que Dilma cresceu muito cedo nas pesquisas e pode gerar a saída de Serra do páreo, e assim colocar a dupla dinâmica. Seria uma nova geração na política, independente de Lula e FHC. Desde novembro que a imprensa tem divulgado os encontros dos rapazes e esta possibilidade. Inclusive já foi tema de conversa de Eduardo e Lula, segundo o jornalista Magno Martins. Vou anexar aqui uma notícia de novembro que atesta a hipótese, cada vez mais atual à medida que Dilma cresce nas pesquisas e crescem os rumores de uma desistência de Serra.

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E você o que acha?
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Em tempo... Opsss. Aécio é neto de Tancredo!

Fernando Henrique fala ao Presidente Lula


Está no blog do Magno Martins. Transcrevo.
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No mais arrasador ataque já feito ao presidente Lula até hoje, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ocupa espaço nos jornais deste domingo para 'premiar' seu adversário com adjetivos como 'mentiroso', 'dissimulado' e 'tosco'. Eis, na íntegra, o artigo, intitulado Sem medo do passado:
''O presidente Lula passa por momentos de euforia que o levam a inventar inimigos e enunciar inverdades. Para ganhar sua guerra imaginária, distorce o ocorrido no governo do antecessor, autoglorifica-se na comparação e sugere que se a oposição ganhar será o caos. Por trás dessas bravatas está o personalismo e o fantasma da intolerância: só eu e os meus somos capazes de tanta glória. Houve quem dissesse “o Estado sou eu”. Lula dirá, o Brasil sou eu! Ecos de um autoritarismo mais chegado à direita.Lamento que Lula se deixe contaminar por impulsos tão toscos e perigosos. Ele possui méritos de sobra para defender a candidatura que queira. Deu passos adiante no que fora plantado por seus antecessores. Para que, então, baixar o nível da política à dissimulação e à mentira?A estratégia do petismo-lulista é simples: desconstruir o inimigo principal, o PSDB e FHC (muita honra para um pobre marquês...). Por que seríamos o inimigo principal? Porque podemos ganhar as eleições. Como desconstruir o inimigo? Negando o que de bom foi feito e apossando-se de tudo que dele herdaram como se deles sempre tivesse sido. Onde está a política mais consciente e benéfica para todos? No ralo.Na campanha haverá um mote – o governo do PSDB foi “neoliberal” – e dois alvos principais: a privatização das estatais e a suposta inação na área social. Os dados dizem outra coisa. Mas os dados, ora os dados... O que conta é repetir a versão conveniente. Há três semanas Lula disse que recebeu um governo estagnado, sem plano de desenvolvimento. Esqueceu-se da estabilidade da moeda, da lei de responsabilidade fiscal, da recuperação do BNDES, da modernização da Petrobras, que triplicou a produção depois do fim do monopólio e, premida pela competição e beneficiada pela flexibilidade, chegou à descoberta do pré-sal. Esqueceu-se do fortalecimento do Banco do Brasil, capitalizado com mais de R$ 6 bilhões e, junto com a Caixa Econômica, libertados da politicagem e recuperados para a execução de políticas de Estado. Esqueceu-se dos investimentos do programa Avança Brasil, que, com menos alarde e mais eficiência que o PAC, permitiu concluir um número maior de obras essenciais ao país. Esqueceu-se dos ganhos que a privatização do sistema Telebrás trouxe para o povo brasileiro, com a democratização do acesso à internet e aos celulares, do fato de que a Vale privatizada paga mais impostos ao governo do que este jamais recebeu em dividendos quando a empresa era estatal, de que a Embraer, hoje orgulho nacional, só pôde dar o salto que deu depois de privatizada, de que essas empresas continuam em mãos brasileiras, gerando empregos e desenvolvimento no país.Esqueceu-se de que o país pagou um custo alto por anos de “bravata” do PT e dele próprio. Esqueceu-se de sua responsabilidade e de seu partido pelo temor que tomou conta dos mercados em 2002, quando fomos obrigados a pedir socorro ao FMI – com aval de Lula, diga-se – para que houvesse um colchão de reservas no início do governo seguinte. Esqueceu-se de que foi esse temor que atiçou a inflação e levou seu governo a elevar o superávit primário e os juros às nuvens em 2003, para comprar a confiança dos mercados, mesmo que à custa de tudo que haviam pregado, ele e seu partido, nos anos anteriores.Os exemplos são inúmeros para desmontar o espantalho petista sobre o suposto “neoliberalismo” peessedebista. Alguns vêm do próprio campo petista. Vejam o que disse o atual presidente do partido, José Eduardo Dutra, ex-presidente da Petrobras, citado por Adriano Pires, no Brasil Econômico de 13/1/2010. “Se eu voltar ao parlamento e tiver uma emenda propondo a situação anterior (monopólio), voto contra. Quando foi quebrado o monopólio, a Petrobras produzia 600 mil barris por dia e tinha 6 milhões de barris de reservas. Dez anos depois, produz 1,8 milhão por dia, tem reservas de 13 bilhões. Venceu a realidade, que muitas vezes é bem diferente da idealização que a gente faz dela”.O outro alvo da distorção petista refere-se à insensibilidade social de quem só se preocuparia com a economia. Os fatos são diferentes: com o Real, a população pobre diminuiu de 35% para 28% do total. A pobreza continuou caindo, com alguma oscilação, até atingir 18% em 2007, fruto do efeito acumulado de políticas sociais e econômicas, entre elas o aumento do salário mínimo. De 1995 a 2002, houve um aumento real de 47,4%; de 2003 a 2009, de 49,5%. O rendimento médio mensal dos trabalhadores, descontada a inflação, não cresceu espetacularmente no período, salvo entre 1993 e 1997, quando saltou de R$ 800 para aproximadamente R$ 1.200. Hoje se encontra abaixo do nível alcançado nos anos iniciais do Plano Real.Por fim, os programas de transferência direta de renda (hoje Bolsa-Família), vendidos como uma exclusividade deste governo. Na verdade, eles começaram em um município (Campinas) e no Distrito Federal, estenderam-se para Estados (Goiás) e ganharam abrangência nacional em meu governo. O Bolsa-Escola atingiu cerca de 5 milhões de famílias, às quais o governo atual juntou outras 6 milhões, já com o nome de Bolsa-Família, englobando em uma só bolsa os programas anteriores.É mentira, portanto, dizer que o PSDB “não olhou para o social”. Não apenas olhou como fez e fez muito nessa área: o SUS saiu do papel à realidade; o programa da aids tornou-se referência mundial; viabilizamos os medicamentos genéricos, sem temor às multinacionais; as equipes de Saúde da Família, pouco mais de 300 em 1994, tornaram-se mais de 16 mil em 2002; o programa “Toda Criança na Escola” trouxe para o Ensino Fundamental quase 100% das crianças de sete a 14 anos. Foi também no governo do PSDB que se pôs em prática a política que assiste hoje a mais de 3 milhões de idosos e deficientes (em 1996, eram apenas 300 mil).Eleições não se ganham com o retrovisor. O eleitor vota em quem confia e lhe abre um horizonte de esperanças. Mas se o lulismo quiser comparar, sem mentir e sem descontextualizar, a briga é boa. Nada a temer.
Fernando Henrique Cardoso - *Ex-presidente da República''
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