sábado, 29 de maio de 2010

Observações culturais sobre Garanhuns


Poucos municípios no interior do estado têm um movimento literário tão ativo como Garanhuns. Aliás, nosso município tem esse diferencial, ser uma cidade multicultural, onde podemos encontrar diversas manifestações culturais de qualidade. Este foi inclusive motivo de elogios a Garanhuns por diversos agentes culturais que passaram por nossa cidade nos últimos dias, quando participavam da capacitação do MinC. Mas como estamos aqui, pode acontecer de não atentarmos sempre para nossos patrimônios culturais. Por exemplo, passamos todos os dias na frente do Mosteiro de São Bento, e não vislumbramos a beleza que tem a arquitetura daquele lugar. 
Na agenda cultural também tem sido assim. Na quinta-feira, o bom projeto do SESC recebeu o grupo Travessia, com o Sérgio, Aldeci, Marcos Cabral e Aldeci. Muito bom gosto. Na platéia professores da Fundação Getúlio Vargas, gente da Fundarpe e do Ministério da Cultura. O SESC deu um show de hospitalidade. Depois, a noite seguiu com as cachaças da Budega. Ali, representantes da Secretaria de Cultura de Olinda faziam comparações do ambiente com a Budega do Véi, da cidade Patrimônio da Humanidade. Um local de intensa visitação e participação artística, com apresentações espontâneas. Assim, pensamos em criar duas embaixadas, Olinda aqui e Garanhuns lá. Os budegueiros receberiam placas que marcariam essa parceria. Aqui seria durante o Festival de Inverno, lá seria durante a MIMO (Mostra Internacional de Música de Olinda) ou até mesmo mais próximo ao carnaval. Nada oficial, mas seria muito interessante do ponto de vista do marketing cultural. Mas precisamos resolver um problema da nossa budega que tem ficado pequena para a visitação de artistas, políticos, advogados, estudantes, etc, que têm aumentado a movimentação do bar. Alguns vizinhos têm reclamado e o melhor seria encontrar um local apropriado ao perfil do bar. A verdade é que a movimentação tem aumentado, Zé e sua família (e as cachaças) têm feito um bom trabalho e merecem o sucesso que têm conseguido. A Budega tem sido um espaço de cultura popular, de violeiros e poetas populares.
Voltando à literatura, láááá do começo, estamos com uma comissão formada ligada a Academia de Letras de Garanhuns que tem discutido uma nova formatação do FLIG, Festival de Literatura de Garanhuns. Paralelamente a isto, estão sendo criadas duas editoras em nossa cidade. Uma é do Aristóteles e o livro de lançamento está na gráfica (perdoem-me não lembrar agora o nome. Matutei, matutei, matutei e não lembrei) e a outra é a editora U-Carbureto, que além do jornal de literatura lançado na semana passada, já havia editado o excelente livro "As plantas crescem latindo", do Helder Herick, poeta e um dos idealizadores da empreitada ao lado dos também escritores Mário Rodrigues e Nivaldo Tenório. A iniciativa mostra que temos que buscar os meios da produção. Um projeto deverá ser apresentado para que possamos avaliar uma parceria que possa impactar o segmento cultural. A Academia de Letras também tem aberto suas portas constantemente e já conta com mais de trinta imortais.
Acredito que com o FLIG de volta e um bom projeto viável de lançamentos de livros dos nossos autores poderemos atender aos que fazem literatura em nossa cidade.
Somando-se a isto, estaremos começando uma série de debates com os segmentos para ouvir os agentes culturais que possam depois, juntos aos demais, tornar-se o documento cultural da cidade. Assim, estaremos inclusive discutindo a lei de incentivo, o fundo municipal e o conselho municipal de cultura. A própria Câmara de Vereadores solicitou recentemente ao prefeito Luiz Carlos a implantação do sistema municipal de cultura. Cria-se o momento propício para a implementação da lei que já existe e agora podemos ver funcionar. O novo pedido é do vereador Geraldo Lucena, a quem agradecemos, e a lei é da época do Audálio Filho. Aliás, vale ressaltar que o novo pedido vem respaldado pela unanimidade dos atuais vereadores.
Portanto temos um momento interessante de ebulição cultural. O edital para o FIG se encerra nesta segunda-feira. Aproveitando o cadastramento das quadrilhas iremos começar uma catalogação dos grupos folclóricos de Garanhuns. Começa a surgir também uma evidência de Reisado como uma manifestação marcante regionalizada, com grupos em várias cidades e principalmente em Garanhuns. O encontro de Reisados do ano passado mostra que temos um produto na mão que pode ser explorado como uma marca cultural e tradicional de nossa gente. Lembro-me que os pastoris da nossa infância também tinham espaço nas apresentações natalinas. Garanhuns - Cidade do Reisado e do Pastoril!
Na sexta-feira tivemos a banda do Colegio Diocesano de Garanhuns no Centro Cultural. Algo em torno de 200 pessoas puderam assistir a um grande espetáculo. Belíssimo! Músicas como "My Way" foram entusiasticamente aplaudidas. O grupo totalmente fardado no palco, com seus emblemas e todo o seu instrumental. Dos pratos e bumbos aos saxofones e tradicionais trompetes. A Banda do Diocesano tem funcionado como uma grande escola de música na cidade. Alguns musicistas estão passando para o Conservatório e outras instituições musicais. Integrantes também têm seus próprios grupos, como é o caso do Maestro Jasiel Leite, que antes da apresentação principal esteve mostrando a sua ótima Street´s Jazz Band. Professor Albérico Fernandes, Carlos Janduy, Padre Silvano e Frei Joaquim, entre tantos outros amigos do colégio, na platéia, aprovaram a grande exibição da Banda do Gigante da Praça da Bandeira.
Um momento emocionante foi a homenagem ao Maestro Edinézio, falecido em janeiro. Edinézio foi inclusive o maestro da Banda Manoel Rabelo. Atualmente está desativada, e acredito que seria muito interessante avançarmos na ideia da Fundação que levaria o nome da banda, e nela poderia existir a Escola de Música Maestro Edinézio. Sendo uma fundação, seria gerida pelos seus membros, podendo atrair verbas de projetos culturais em várias instituições estaduais e federais, inclusive o próprio Ministério da Cultura e a Fundarpe. Ou ainda através da Lei Rouanet fazer captação de recursos culturais aqui mesmo em Garanhuns, sendo patrocinado por grandes empresas que teriam esses investimentos deduzidos dos seus impostos de renda. A pergunta a ser feita a esses possíveis investidores seria: Você prefere investir numa fundação de cultura com a história da Banda Manoel Rabelo ou prefere dar seu dinheiro ao governo?
Pense rapidamente e veja quantas empresas podemos visitar para conseguir esse investimento cultural.
Esta semana estará acontecendo no Recife uma Mostra Internacional de Arte e Arquitetura e vários artesãos de Garanhuns têm conseguido visibilidade com o trabalho feito pelo SEBRAE e da prefeitura do município. Em três meses já estivemos representados por nossos artesãos em vários momentos fora da cidade. Nova Jerusalém, São Paulo, Recife, Fortaleza, ... E em julho teremos a FENNEART, pela primeira vez estaremos com dois stands do município, sem contar que a ACIAGAM já confimou outro stand para seus artesãos e nossos mestres Fida, Marcos Siqueira e José Veríssimo já apresentam suas obras na seção exclusiva para os Mestres de Pernambuco.
Vou encerrar agora, pois o texto está ficando compriiiido. Mas vou escrever mais depois sobre este momento de manifestação cultural de Garanhuns.

Festivais de Garanhuns são temas de debates em Natal/RN


A Faculdade de Ciências da Administração de Garanhuns (FAGA) este participando do XI Seminário Lazer em Debate. O Seminário teve início na quinta-feira em Natal, capital do Rio Grande do Norte, e acabou neste sábado.
A participação da FAGA se deu em virtude da aprovação do artigo científico LAZER E TURISMO: SEMELHANÇAS E CONFLITOS DESSES CONCEITOS EM DOIS FESTIVAIS DA CIDADE DE GARANHUNS-PE, realizado pelas alunas do 4º período de Administração, Carolina Viana da Rocha Notaro, Chirleny Meiry Barbosa, Graziele Maurício Torres e Juliana Patrícia Vicente de Souza, sob a orientação do professor Gustavo Santos.
O trabalho aprovado foi apresentado neste sábado, na mesa de discussão de Lazer e Turismo. “Os dados apresentados e confrontados nesse estudo, em fase inicial, são oriundos de duas pesquisas distintas, realizadas durante o Festival de Inverno de Garanhuns de 2009 e durante o Garanhuns Jazz Festival também de 2009, a pedido da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Município e em parceria com o NIPA e os alunos da FAGA, a fim de comprovar o Impacto Econômico que esses dois festivais provocam na Cidade e em diferentes setores da economia, além das opções de turismo e lazer gerados pelos mesmos para a comunidade local e para os turistas”, relatou o professor Gustavo Santos.
O Evento foi uma realização do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte – IFRN/Campus Cidade Alta.

Ação Global - Por Paulo Camelo

A Ação Global promovida pelo SESI e Rede Globo, acontece periodicamente de quatro em quatro anos, geralmente no ano eleitoral. Trata-se de uma ação articulada do empresariado, incluindo a Rede Globo de Televisão, com a participação de alguns organismos do Estado Burguês, a exemplo da própria justiça, etc.
É uma ação de grande impacto que procura substituir em um único dia, a responsabilidade do Estado com os cidadãos.
Portanto, esse tipo de Ação Global só acontece em regiões pobres do Nordeste Brasileiro e em cidades do interior. Não é do meu conhecimento que esse tipo de ação tenha ocorrido em cidades ricas como Uberlândia, Contagem, Campos do Jordão, São José dos Campos, Joinville, Campinas, Gramado, etc.
Realmente se gasta muito dinheiro para um único dia de "Trabalho" e "atendimento" ao público.
Assim, o movimento Ação Global, não é ilegal, mas é um movimento integrante do Estado Burguês com a participação de organismos da iniciativa privada e do próprio Estado. Para combater isso aí, temos que construir uma nova sociedade onde não exista a exploração do homem pelo próprio homem, ou seja, uma sociedade igualitária e socialista. Portanto, não cabe denunciar, nesse caso específico, só por simplesmente denunciar. Cabe sim, uma luta tenaz para podermos derrotar, nas urnas, os representantes da burguesia, o que me parece uma missão muito arrojada, a qual depende da politização da população.
Convém lembrar que o Ministério Público, o TRE, o Exército, a Polícia, etc, são organismos do Estado Burguês, e a grande maioria dos políticos estão aí para defenderem a manutenção do status do Estado Burguês, alicerçado pela economia capitalista.
A "Ação Global" representa um movimento bem orquestrado da burguesia e que geralmente atua em cidades pobres como é o caso da nossa querida e mal tratada Garanhuns.
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Paulo Camelo é engenheiro, précandidato a deputado federal pelo PSOL.

Festival de Inverno é destaque no Jornal O Estado de São Paulo


O coração do agreste pernambucano tem clima de serra. O cenário bucólico, o friozinho e o ar de montanha atraem visitantes para Guaranhuns e Gravatá, especialmente no inverno.
A primeira é a mais famosa. A 900 metros de altitude no Planalto da Borborema e a 230 quilômetros de Recife, Garanhuns tem colinas e temperatura média de 15 graus entre junho e setembro - em 2009, foram registrados 7 graus. Enquanto os termômetros caem, o número de visitantes sobe na cidade. As praças, repletas de flores, concentram turistas em busca dos sabores fortes da culinária regional - a buchada de bode é uma das melhores do País.
Na segunda quinzena de julho, Guaranhuns lança mão de outro atrativo: o festival de inverno (na foto acima). Durante dez dias, muita arte, com exposições, dança, cinema, teatro, espetáculos circenses, contação de histórias, literatura e música erudita, pop e forró. A cidade fica em festa.
O maior apelo do festival, no entanto, são os shows gratuitos. No repertório há desde artistas pernambucanos tradicionais, como o grupo Cordel do Fogo Encantado e a Banda Pífanos de Caruaru, até os mais modernos, como Mundo Livre S.A. e Nação Zumbi. Em 2009 subiram ao palco Rita Lee, Maria Rita, Lenine e Moraes Moreira, entre outros. Para 2010, os nomes ainda não estão definidos. Fique de olho no site http://www.fig.com.br/.
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Garanhuns terá casa de acolhimento contra as drogas

Está no JC-OnLine
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O Plano de Ações Sociais Integradas de Enfrentamento do Crack, lançado pelo governador Eduardo Campos nesta semana, prevê também a reestruturação da rede de saúde no atendimento ao usuário do álcool e outras drogas. Ao todo, 15 casas de acolhimento transitório serão construídas para pessoas que estão em tratamento nos Centros de Apoio Psicossocial - Álcool e outras Drogas (CAPs-AD) e necessitam deixar a residência ou o local em que vivem.
Os pacientes poderão ficar internados durante longo prazo ou em períodos esporádicos. As casas serão instaladas em Petrolina, Salgueiro, Arcoverde, Serra Talhada, Garanhuns, Limoeiro, Caruaru, Palmares, Recife, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Olinda, Abreu e Lima, Camaragibe e Paulista.
De acordo com a assessora técnica de Álcool e Outras Drogas da Gerência de Saúde Mental, Melissa Azevedo, as cidades foram escolhidas por possuir dispositivos já estruturados para implantação do serviço e também por terem uma malha viária que facilita o acesso. Ainda segundo ela, as casas de acolhimento atenderão também as pessoas de municípios circunvizinhos.
Outra novidade é a instalação de 15 Centros de Apoio Psicossocial - Álcool e Drogas (CAPs-AD) que funcionarão 24 horas por dia. Atualmente nenhum tipo de serviço de apoio aos usuários de drogas funcionam sem interrupção.
O número de leitos de desintoxicação existentes em Pernambuco também será ampliado. Ao todo, serão 100 distribuídos em 11 hospitais regionais para atender os usuários de álcool e de drogas como o crack. Com o foco também na prevenção, os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) atuarão juntamente as famílias enquanto que os Caps trabalharão as questões voltadas a saúde dos usuários.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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