quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Outra análise sobre a BR-423 duplicada


A BR-232 está duplicada de São Caetano até Recife. ahhh, isso todo mundo já sabia. Ou melhor, de Recife, onde está o KM 1, até São Caetano, seria somente até Caruaru, mas depois resolveram ampliar a duplicação, levando ao trevo que traz para Garanhuns. Tudo isso ainda no governo Jarbas.

Aí vieram Lula e Eduardo! A recente decisão e conquista da duplicação da BR 423 no trecho de Garanhuns a São Caetano pode ser analisada de outra forma, outro ângulo deste caleidoscópio político/administrativo.

Pela ideia inicial quando se vendeu a Celpe para financiar a duplicação da Rodovia Luiz Gonzaga, a 232, teríamos uma continuidade que cortaria Belo Jardim, Pesqueira, Arcoverde, varando Sertão adentro até chegar em Salgueiro e Serra Talhada. Uma espinha dorsal que beneficia quem está às margens do investimento e alija os municípios distantes. Seria esse o destino da nossa cidade, e numa visão maior, de todo o Agreste Meridional. Ficar distante do movimento e dos benefícios de se estar à beira da rodagem, isto inclui turismo, comércio, escoamento de produção, desenvolvimento industrial, etc, etc.

Fazer a curva em São Caetano para vir para Garanhuns lança um novo olhar pernambucano para nossa região. Se vocês observarem ao longo da BR-232, poucas vezes se ensina o caminho de Garanhuns ou registra quantos quilômetros faltam para chegar aqui, fala até de cidades de outros estados ou de menor população, que evidentemente, circulam menos pela rodovia. Isso é sintomático da falta de representatividade geopolítica que estávamos vivendo. Mas vê-se que algo está funcionando.

A duplicação de lá pra cá poderá no futuro ir bater nos estados de Alagoas e Bahia, pois seria interessante interligar com pistas duplas Garanhuns a Arapiraca e ao mundo das águas de Paulo Afonso, na continuação natural da BR-423. É o desenvolvimento do interior do país que pregava Lula e seu discípulo Eduardo Campos.

Deixa duplicar.

Precisamos aprender a pedir. Tem gente que pede água na torneira quando pode pedir uma barragem. Pede que passe a máquina na porta de casa quando pode pedir calçamento com saneamento. E pede o remédio pra dor de cabeça podendo pedir o tratamento. Mas não é pedir como quem pede esmola, é simples cidadania.

Eu fico com a impressão que pedimos pouco, e ainda não entendemos o tamanho do presente que ganhamos. Se fosse duplicado a continuidade da BR-232 poderíamos amargar o ostracismo dentro do estado. Eduardo Campos elegeu como prioridade a duplicação da BR-423, já saiu quase R$ 29 milhões do governo federal para o projeto técnico, e vamo que vamo!
A barragem que resolveu o problema d'água de Garanhuns. O Expresso Cidadão que funcionará onde existia a cadeia pública, num investimento de mais de R$ 3 milhões.

Até a resolução do problema da Substituição Tributária, quando o governador recebeu e dialogou com os empresários garanhuenses, pode ser contabilizada como uma conquista, pois seria grande o prejuízo financeiro de muitos comerciantes, que teriam que arcar com a antecipação de receita dos tributos estaduais sobre os estoques, impossibilitando a adimplência de alguns.

Mas vou terminar com a BR-423 novamente, pois é imprescindível que reconheçamos a importância desta conquista.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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