quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Primeiro os projetos, depois os nomes

Existe uma questão latente de pessoas preocupadas com o futuro da nossa cidade e região, que antes de se discutir os nomes para a sucessão municipal, que se possa criar um ambiente de debate sobre as necessidades municipais, para a elaboração de um plano estratégico de desenvolvimento.

Esta vontade vem da análise histórica da falta de um projeto de crescimento inteligente que integre a região e possa servir de base para uma administração, qualquer que seja o prefeito. Um objetivo que nasce da verificação da falta de um planejamento de longo prazo. Um exemplo disso foi dado em dose dupla por Alexandre Marinho, no seu texto publicado do jornal @FOLHAVOX e com o Forum Pró-Garanhuns.

A falta deste projeto maior acaba por impedir em várias áreas a elaboração de novos projetos. Por exemplo, na cultura, se não existe o sentido do que queremos no futuro, não são elaborados projetos que possibilitem a política pública de cultura no município.

Na área de ensino superior, precisamos entender que se trata de um caminho sem volta o fato de nos tornarmos uma cidade universitária, e o que estamos planejando para integrar o restante da cidade a esta nova realidade, pois isto tem impacto na construção civil, na produção cultural, na integração universitária, na administração pública, etc.

São apenas exemplos, e outros poderão ser entendidos e dissecados, como a nova fase da produção agroindustrial, e nosso meio-ambiente, com projetos de crescimento sustentável.

O advogado Ivan Rodrigues, presidente do PSB de Garanhuns, acredita que os partidos também podem elaborar uma pauta de debates, ajudando a criar essa discussão necessária e produtiva, antes mesmo de se falar de nomes para a sucessão municipal.

Aliás (e finalizando), é justamente pela falta de um projeto para a cidade que se dá margem para a criação de candidaturas personalistas, sem o empreendedorismo e a visão estratégica necessária para o cargo. 

O governador Eduardo Campos foi mestre na montagem dessa discussão em nível estadual, quando rodou Pernambuco com sua Agenda 40, ouvindo a população, e claro, fazendo política. Outros exemplos existem aqui mesmo em Garanhuns, e com o mesmo PSB, mas é bom mesmo que nessa nova fase o partido do governador chame a responsabilidade de discutir a cidade.

Outros partidos podem e devem também investir no debate responsável antes das candidaturas postas nas ruas.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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