sexta-feira, 29 de março de 2013

Leitor do Blog tem importante acervo da história do rádio de Garanhuns

Recebemos o seguinte comentário no post em que tratamos de grandes profissionais que estão fora do rádio, e por isso estão fazendo falta ao cotidiano da cidade.
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RONALDO, SERIA MUITO BOM, MAS SEI QUE NAO É FÁCIL, TERMOS O PRAZER DE OUVIR ESSAS VOZES NO RÁDIO.

TENHO ALGUNS PROGRAMAS GRAVADOS, COMO:

-CIDADE EM FOCO COM GERSON LIMA NA RÁDIO JORNAL;
-REPORTAGENS POLICIAIS COM GERALDO SILVA;
-MUSICAMPE COM RIVALDO E ZEZINHO NA RÁDIO MERIDIONAL;
-WANDO PONTES NO SHOW DA CIDADE COM A SEQUÊNCIA MINHA HISTÓRIA, MINHA MÚSICA;
-TRECHOS DO PROGRAMA ROMÂNTICO "ENCONTRO A DOIS" COM ARISTON BRITO NA MERIDIONAL;
-MUITA COISA COM ALUÍZIO ALVES;
-DEBATES COM MARCOS CARDOSO, UM DELES COM ALTAMIR PINHEIRO, LUCIANO ANDRADE, GERALDO SILVA E SIMÃO SILVA, SOBRE O DIA DO REPORTER;
-TENHO O SOM DA TERRA COM GLÁCIO DÓRIA;
-BALCÃO DE BODEGA COM IRAN PESSOA;
-TENHO ROBERTO ALMEIDA NO JORNAL DA SETE, LOGO NO INÍCIO;
-SIMÃO SILVA NO COMBATE;
ETC.
GRAVEI MUITA COISA, GOSTARIA DE COMPARTILHAR COM ALGUNS OUVINTES PARA MATARMOS SAUDADES, SEI QUE MUITA GENTE TEM MUITA COISA GRAVADA TAMBÉM, COMO COMPARTILHAR ISSO?
NOS AJUDA, ABRAÇO, AMIGO RONALDO CESAR.
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Agora comigo: O comentário veio anônimo, infelizmente, mas diante da importância do acervo que nosso leitor possui, e pela forma carinhosa e espontânea que ele gostaria de disponibilizar para que mais ouvintes apaixonados pelo rádio possam conferir grandes vozes e programas do passado, creio que ele facilmente se identificará.

É verdade, é possível que mais pessoas tenham áudios gravados, como por exemplo de Pajeú, Zezé Marcolino, Zé Inácio, Solon Gomes, Aroldo Costa, Carlão, Ivo de Souza, Aldo Vilela, Marcelo Jorge na 7FM e na Blits 102, Jota Ferreira, Tiago Correia, Cláudio Caetano, Edson Miranda, Mister Brown, entre muitos outros.

É bom lembrar que temos em Garanhuns o museu da Imprensa, inclusive as prensas do Jornal Monitor fazem parte do acervo. O museu deve ser reativado em breve.

Acho que esse trabalho de buscar esses registros podem ser feitos de três formas.

- Oficialmente, pela Secretaria de Comunicação da Prefeitura, para o arquivo municipal e possivelmente serem aproveitados no próprio museu.

- Através da Associação de Imprensa, que existe, e deve ser novamente movimentada. Seria o resgate pelas mãos dos próprios prifissionais da comunicação.

- Através de uma fundação, que neste caso poderia ter à frente o próprio possuidor deste acervo, criando sua entidade, homenageando a imprensa da cidade. Creio que a Secretaria de Comunicação, mais a assessoria juridica do município poderiam dar o suporte necessário. Assim, ele não se desfaria do importante acervo que tem e poderia dar seguimento à sua paixão pelo rádio, cuidando ele mesmo do seu patrimônio imaterial e podendo adquirir as doações das demais pessoas que tenham esses registros.

Caso alguém tenha mais alguma sugestão, tenho certeza que ele estará à disposição. Porém gostaria de saber quem é o dono deste importante acervo, não apenas do rádio de Garanhuns, mas da nossa história, da nossa gente e da nossa cultura.
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Mais: Minha primeira participação efetiva no rádio foi também na Rádio Meridional, ao lado de Eugênio Sobrinho, que foi quem primeiro acreditou em meu potencial. Era o DOMINGO ESPORTIVO, aliás uma paixão do amigo professor. Operadores como Chumbinho e Jackson Fitipaldi devem ter tido muita paciência comigo. rsrsrs. Depois, investi na minha ousadia, com um horário aos sábados na Estação Sat, fiz o ENTREVISTA COLETIVA, o primeiro programa exclusivamente fora dos estúdios de rádio em Garanhuns. Apresentado no Terraço Churrascaria, recebia convidados para entrevistas, fazia brincadeiras com as pessoas presentes e tinha sempre música ao vivo, abrindo espaço a cada sábado para um artista de nossa cidade.

Ainda na Estação, fiz crônicas para o jornal de Fernando Rodolfo, e cheguei a ser um dos supervisores da emissora, ao lado de André Valença, conseguindo resultados surpreendentes, em vendas e em audiência, quando ficamos em primeiro lugar, na época com 26%. Pois é, não são apenas as vozes que fazem o rádio, pois é imprescindível este trabalho de bastidores. Mas veio a rede de Recife e assumiu o controle, depois a rádio foi arrendada por uma igreja evangélica.

Convidados por Dr. Osman e Walfredo Neto, passamos pela 87FM, onde rejuvenescemos a emissora, mudando logomarca, programação, plástica e até o nome, trazendo uma nova roupagem, era a Monte Sinai e carregava todos os preconceitos sobre uma rádio comunitária, levamos a rádio pra rua, e foi investido em profissionais como Ramos Neto, Samara Pontes, Gilson Santos, e até eu apresentava um programa diário na época da reformulação. Era o Bom Dia Cidade!, com música e informação. Fomos também os primeiros a trazer para o rádio as notícias das agências da WEB, que chegam prontas. A equipe de esportes deu um show com Roberto Lima, Tiago, Simão, Eugênio e eu de novo, metido a comentarista.

Sempre gostei também de trabalhar em transmissões, principalmente Festival de Inverno e Garanheta. Fizemos transmissões dos outros festivais e sempre tive a honra de aprender com os amigos, como Carlos Janduy e o próprio Eugênio. Trabalhei ao lado de grandes profissionais como Cássia Amaral, Mister Brown, Odair Junior, Hugo Leonardo, Bosco, fora os já citados anteriormente.

Depois do fechamento da Estação Sat (ou melhor, do arrendamento para a Assembleia de Deus), veio o fortalecimento da programação da 87FM e a estabilidade, principalmente com o líder de audiência Pereira Filho e sua trupe. Pereira que já tinha passado pela emissora, voltou à casa.

Hoje estou afastado, fazendo apenas trabalhos eventuais, atuando mais na publicidade. Não tendo vínculo com a emissora, mas a identificação ainda é muito forte, e as possibilidades de novas parcerias abertas. Acho que o bom profissional é aquele que sempre tem as portas abertas.

E confesso, tenho verdadeira paixão pelo rádio. Ouço quase tudo. Gláucio, Marcos Cardoso, Jonas Lira, Edcarlos, Vânia, Fernandinho, Tony, Luis Andrade, Reginaldo, Dalton, Zezinho, Eduardo, Ariston, Roberto Sampaio, Os jornais, a MPB do Travessia e do 100,5. O Paradão do Gilson. Ramos e Samara. O futebol da 87FM, as informações do Lenildo. Dou uma passadinha nos policiais Ronda e Combate. E muito mais gente, que talvez eu tenha esquecido agora. Gosto de transmissões especiais, por isso sou fã do Radiola de Ficha, pois traz o rádio para junto do ouvinte, que participa ativamente. Gosto de Zezinho fora do estúdio e acho que poderia, a exemplo do Radiola, virar um programa itinerante.

Ouço quase todos os jornais e digo que profissionais como Luciano André, Valdir Marino e Luciano Andrade são escravos da informação.

Gosto muito da criatividade no rádio, de quem procura fazer diferente. Como Roberto Almeida, que criou jornais e em horários alternativos nas FMs.

Vejam quantos grandes profissionais do rádio nós citamos rapidamente, sem contar os que fazem os bastidores, técnicos de operação e edição, suportes comerciais, atendimento, etc. Todos dando sua contribuição ao serviço público feito pelas emissoras.

Por isso não me conformo com tantos horários em rede, onde a programação chega pronta tirando o espaço de comunicadores locais, e mais, rádios inteiras sendo arrendadas para igrejas, sendo desvirtuado o real sentido da concessão que é servir à comunidade em geral.

Por isso, resgatar o passado e abrir mais espaços no presente são fatores primordiais para o reconhecimento desta importante categoria profissional: O radialista.


Publicado originalmente em 27/03/2011
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RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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