Quando a gente provoca para que as pessoas participem dos partidos políticos, é porque acreditamos que as mudanças que elas querem só acontecem com a manifesta participação. O processo democrático brasileiro exige que os candidatos estejam filiados a partidos políticos, e estes são escolhidos por seus filiados, em tese. Portanto, o povo escolhe os eleitos, mas os partidos escolhem os candidatos.
Não adianta ficar reclamando que as coisas não mudam ou ficar torcendo que alguém apareça, faz-se necessário a participação. É claro que tem partidos que têm verdadeiros donos, e assim fica difícil uma participação democrática, mas existem dezenas, aliás quase uma centena de siglas partidárias, das mais variadas ideologias. Certamente deve existir uma que case com a sua forma de pensar e agir.
Ficar omisso ou repassar a responsabilidade para outrem é a mais perigosa forma de participação política, e são justamente os que não desejam a mudança no status quo que mais gostam da posição de inércia popular.
Muita gente diz não gostar de política partidária, mas ela existe é é necessária. E quando você vota, escolhendo seus candidatos, ou não, você também está fazendo parte dela.
Por isso, se alguma coisa tem que mudar, tem que começar na participação efetiva das pessoas de bem dentro dos partidos políticos.
