terça-feira, 11 de outubro de 2011

Aumenta movimento de repúdio ao nome de Antônio João Dourado




Fotos do blog. Momentos do encontro na Câmara de Vereadores e ao final a leitura do manifesto apoiado pelos partidos políticos e entidades representates da sociedade organizada presentes


A imposição do nome do prefeito de Lajedo, Antônio João, para ser o candidato do governador em Garanhuns, passando por cima das lideranças locais, tem provocado uma grande movimentação de repúdio, conseguindo unir políticos e entidades representativas da sociedade organizada.

Em três encontros já se pode perceber que os brios estão feridos, e por isto a repulsa tem criado uma nova oportunidade de união política que beneficie a cidade.

O primeiro movimento aconteceu na CDL, convocado pelo deputado Izaías Régis, e ali, onde poderia haver o anúncio de sua pré-candidatura, o que se viu foi o prenúncio de uma grande união. 11 partidos políticos já antecipariam o repúdio e a busca por um projeto que defenda os interesses municipais diante dos "invasores".

O segundo momento foi suprapartidário e aconteceu na noite da segunda-feira, e contou com 19 partidos, já citados em post anterior. Porém outro partido já se posicionou, o PP que também acompanha o grupo formado no encontro. Assim, com o apoio também da Câmara de Vereadores, CDL, clubes de serviços, sindicatos, associações comunitárias, entre outros, o movimento começa a ganhar projeção, inclusive citado em outras cidades como exemplo para combater as candidaturas peregrinas e sem identidade com o município.

Praticamente todos os pré-candidatos, alguns até adversários históricos, estão abrindo mão de projetos pessoais para defender a cidade, pela honra e amor a Garanhuns. É este clima que tem sido exposto, de uma guerra declarada diante de invasores. Paulo Camelo chegou a citar mais uma vez a invasão da Legião Estrangeira, porém agora entendeu os méritos de lideranças que, embora tenham nascido em outras cidades, constituíram novas raízes em Garanhuns, como Ivo Amaral, Izaías Régis, Silvino Duarte e Bartolomeu Quidute. Alguém lembrou que até o "prefeito matuto" Amílcar da Mota Valença nasceu em Pesqueira. A união mostrou que existe uma causa maior que apenas o discurso ideológico, pois o adversário passa a vir de fora.

O terceiro momento foi isoladamente do prefeito, em entrevista aos meios de comunicação do município, Luiz Carlos mostrou toda a indignação pela humilhação que a candidatura do prefeito de Lajedo impõe a Garanhuns, "como se aqui não tivessem homens, como se aqui não tivesse administradores competentes, como se aqui não tivesse um povo capaz de tomar conta do seu próprio destino". O prefeito cehgou a se emocionar algumas vezes, ficando com a voz embargada, prometendo ir às ruas de mãos dadas com todos. Luiz Carlos, bastante convicto, afirmou se aliar a qualquer um que defenda os interesses do município e do seu povo, independentemente do partido em que esteja, pois tem o compromisso com todos os presentes na reunião da Câmara, que firmou o repúdio e as ações que serão implantadas para que a "cidade continue firme, independente e democrática, sem as imposições, sem donos, coronéis ou dinastias".

Em todos os momentos ficou uma impressão que existe algo grande de investimento para Garanhuns que o governador deixou para anunciar quando tivesse o projeto de seu candidato, para lançá-lo com algo que desse projeção à sua candidatura. Pode ser uma fábrica ou o Call Center. O próprio prefeito demonstrou preocupação, e outros já haviam mencionado esta possibilidade.

Um dos que usaram a tribuna na Câmara chegou a dizer que o governador não conseguiu até agora colocar Garanhuns no carrossel de desenvolvimento que se transformou Pernambuco, mas não pode cobrar um preço tão caro assim para trazer algum investimento pra cá, arrancando-nos o orgulho de sermos cidadãos desta terra e nos vermos invadidos por pessoas que não têm raízes, identidade nem serviços prestados ao município.

Outra preocupação latente é com a política garanhuense, não apenas esta geração, mas as futuras, pois estaríamos entregando nossa cidade a um novo grupo político, sem identidade e sem paixão por Garanhuns. Não é apenas a prefeitura, mas o clã que se estabeleceria na cidade. O irmão de Antônio João, Marcantônio Dourado é deputado há quase 30 anos, três décadas, e não se conhece nenhum serviço prestado a Garanhuns, não fez um discurso sequer na Assembleia Legislativa em favor do nosso povo. Vem aqui, leva os votos, muitas vezes comprados, e vai embora sem retornar antes de outra eleição.

Uma nova geração de políticos está sendo formada, se as pessoas desejarem, têm inúmeras opções, escolham a melhor, mas tem que ser daqui, conhecer nosso povo, os problemas da cidade. Se vem um grupo de fora, Garanhuns estará relegando até às jovens promessas da política local um futuro inexistente.

Cada um com seu discurso, o movimento tem conseguido novas adesões.

O prefeito e Izaías, embora pressionados, mantém o discurso de aliados do governador, talvez na esperança que Eduardo Campos entenda o constrangimento que está causando, e a agressão, segundo palavras do prefeito Luiz Carlos, que está impondo ao município que lhe deu 93% dos votos.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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