quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Garanhuns precisa pensar grande


Garanhuns é grande, tem vida cultural, faculdades, eventos e pluralidade de pensamentos, o que leva a formar uma sociedade inteligente e participativa.

Até bem pouco tempo, estávamos comparando Garanhuns com Gramado, Campos do Jordão, Teresópolis, Olinda, Ouro Preto, Caruaru, Gravatá, etc. Principalmente nos contextos de desenvolvimento e turismo, devido aos investimentos nestas áreas.

Campos do Jordão e Ouro Preto pelos seus festivais de inverno e outros eventos. Teresópolis pelo seu clima serrano. Olinda e Caruaru pelas suas festas de cunho regional e impacto nacional (até internacional). Gravatá pelo seu clima e desevolvimento turístico atraindo uma clientela da capital.
E Gramado, pelo perfil parecido com o nosso, cidade do interior que atrai pelo clima, pela hospitalidade e que construiu fama nacional com uma atmosfera cultural muito parecida com nossa cidade, e assim, se tornando uma vitrine. Tivemos em Gramado um exemplo a ser seguido.

Mas parece que alguma coisa desandou, e sem querer menosprezar algumas cidades da região, parece que Garanhuns regrediu e passou a fazer política e a pensar a administração feito cidade pequena que vive em função da prefeitura. A ponto de Antônio João pousar por aqui como exemplo de administrador, vindo de uma cidade que não tem efervecência cultural nem movimentação turística. Seu maior exemplo turístico é aquela mão em concreto jorrando água. Quem para pra ver aquilo e tira foto?

Garanhuns é complexo. É polo, tem uma classe artística reprimida por falta de apoio. Sindicatos ativos. Imprensa independente. Profissionais liberais em vários ramos de atuação com especialização. Gente preparada para discutir a cidade e qualquer assunto que se colocar à mesa.

Uma cidade complexa. Cultural. Turística. Diferente de qualquer outra no mapa de Pernambuco.

Precisamos enaltecer Garanhuns. Parece que tem gente criticando a tudo e a todos com a intenção de colocar todos no mesmo saco e depois vir um salvador da pátria. Não é por aí. A sociedade precisa tomar conta da cidade.

Precisamos também falar das coisas boas. E nossa cidade não é somente a prefeitura. Existe uma imagem que precisa ser preservada.

Estamos passando por um momento delicado de falta de planejamento a longo prazo. Falta de força política. Acredito que podemos estar acertando no diagnóstico e errando no remédio.

Precisamos urgentemente recolocar Garanhuns no rol das grandes cidades do interior do Nordeste. A maioria das cidades da região vive em função da prefeitura, e o dia-a-dia nos gabinetes é discutir a forma de permanecer no poder, através do assistencialismo e cuidados infra-estruturais com a cidade. Mas para por aí, sem plano estratégico de desenvolvimento. Não podemos regredir a este ponto.

Precisamos descobrir o que está dando certo nas administrações do país. Colocar Garanhuns definitivamente no roteiro turístico nacional com uma agenda cultural permanente, e para isso precisamos nos espelhar nas grandes cidades com perfil parecido com o nosso.

Garanhuns precisa pensar grande, e quem pensa pela cidade somos nós! Do pensamento coletivo, e principalmente das ações, nasce a cidade que todos querem e a imagem que os outros fazem da gente!

A sociedade precisa estar atenta, saber o que quer, para cobrar de qualquer um que se eleja prefeito!

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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