Enquanto se discute quem será o próximo prefeito de Garanhuns, seria interessante ampliar a discussão. Garanhuns tem perdido representatividade política nas últimas décadas. É claro que com a eleição de Izaías para a assembleia melhoramos, mas ainda não estamos no patamar condizente com a importância de nossa cidade historicamente no interior do estado. Numa mesma época tínhamos dois estaduais e dois federais, fora a força dentro da administração pública estadual. Hoje, Garanhuns está alijada.
Só depende de nós. Mas também devemos nos preocupar com a qualidade desta representação.
Precisamos das pessoas certas nos lugares certos.
É certo que um prefeito é o técnico do time e pode escalar quem quiser para todas as posições, ao menos em tese. Mas para fortalecer a cidade, precisamos também, tanto no campo político regional, quanto federal, estar representado com competência na próxima legislatura, ampliando a presença na assembleia legislativa e elegendo alguém para a Câmara Federal.
Em Garanhuns também. Precisamos renovar a Câmara Municipal, que chega ao final desta gestão desgastada, onde muitos setores da sociedade não se vêem representados. A Câmara virou um adendo do executivo, não se portando como um poder autônomo de debate e fiscalização. É também culpada do grau de insatisfação popular que domina a cidade, a tal ponto que mesmo a prefeitura agindo em vários setores, não está conseguindo reverter a desaprovação.
Com os investimentos que continuarão sendo feitos, muita gente espera que parte da população reavalie a administração municipal, principalmente no próximo ano.
Com os investimentos que continuarão sendo feitos, muita gente espera que parte da população reavalie a administração municipal, principalmente no próximo ano.
Precisamos também das pessoas certas nas secretarias do município. O próximo prefeito deve, antes de composições políticas na divisão do bolo, privilegiar a competência, o bom senso e a autoridade política do indicado. Vejam o exemplo de Dilma, que acabou derrubando vários ministros que foram indicados políticos. Não temos o direito de errar.
Mas precisamos também que estes secretários do futuro dêem respaldo à administração, tenham força para soerguer uma administração. Atualmente temos vários secretários oriundos da própria administração, sem inserção social, e portanto, sem representatividade popular. Esta falha na equipe é também parte da desaprovação do atual governo.
Precisamos que o próximo governo seja feito pelas melhores cabeças de Garanhuns, cada um na sua área de atuação, e que tenham o poder de trazer a sociedade para dentro da prefeitura.
Alguns exemplos de pessoas certas nos lugares certos mostram que tem uma cidade que dá certo, como Eliane Simões na AESGA e Pedro Falcão na UPE. Citaria outros nomes, até dentro da administração, como Carlos Eugênio na Comunicação e Esportes. Ou Meyer no Lions. Neide na Caixa. Melício na AABB. Nivaldo na Clínica de Bovinos. Por aí vai!
Exemplos temos muitos. Precisamos motivar para que as pessoas competentes e de respaldo social façam parte da próxima administração.
