quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Processo eleitoral em Garanhuns só se define depois da capital


Acredito que muito da conversação das composições em nossa cidade passa por esta atual discussão estadual. A eleição na capital, os encontros e desencontros que podem unir ou afastar partidos da Frente Popular podem ser fundamentais para as coligações em Garanhuns, pois os acordos envolvendo PT, PSB e PTB, principalmente, além das legendas em órbita, visam criar e/ou manter espaços conquistados, e também definir as estratégias do tabuleiro eleitoral para 2014.

Com o avanço do PT que pode eleger João Paulo e elevar Humberto Costa à condição de favorito para 2014, Armando Monteiro se movimenta para ocupar o espaço da situação, com a possibilidade de ser o próprio candidato de Eduardo. Ele pode e deve pensar assim agora, mas Eduardo neste exato momento pensa em seu próprio candidato, que esteja nas fileiras de seu partido..
 
Portanto, se for interessante ao PTB mrchar com o governador, ele marchará, porém muito dificilmente nestas duas cidades, Recife e Garanhuns, se os candidatos forem João da Costa e Antônio João, respectivamente. Mas Armando tem dado sinais de entendimento com Eduardo, fez assim no Sertão na segunda-feira quando antecipou apoio ao candidato socialista.
 
Para Armando apoiar João Paulo neste momento é complicado, pois eleito JP não poderá devolver o apoio em 2014, por isto Armando defende a estratégia das candidaturas múltiplas, para ficar à vontade no primeiro turno.
 
Somente Armando e Humberto têm força dentro da Frente Popular para uma candidatura sem o apoio do governador, e se o PT tiver força total na capital, sairá fortalecido. Uma união de ambos pode enfraquecer o projeto de Eduardo de fazer seu sucessor dentro do PSB. Mas, tanto Armando quanto Humberto desejam o apoio do atual governo. Caso percebam que não terão, pode começar o cada um por si, como a movimentação de Armando para o Sertão e a união de Humberto e João Paulo se consolidando.
 
Quanto ao PT em Garanhuns, não é consenso, aliás, existe muita resistência a indicar o vice de Antônio João, até como estratégia partidária. Parece que o nome de Rosa Quidute também não tem hegemonia. Alguns petistas históricos prefeririam discutir mais o processo eleitoral. A indicação pode vir de Recife, mas quem decide são os filiados na cidade. 
 
O quadro político em Garanhuns só se resolverá depois de abril ou maio, quiçá mais próximo das convenções, e provavelmente somente depois que se resolverem as questões maiores na capital.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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