O Brasil perdeu a final das Olimpíadas no futebol masculino, 2 a1 para o México (de novo!). Seria natural em um torneio de alto nível, pois estarmos na decisão mostraria que tínhamos uma boa equipe. Mas não foi bem assim.
Levamos uma equipe com jogadores das maiores equipes do mundo e perdemos para um time juvenil. A Seleção vale milhões e milhões de dólares! Jogadores, embora jovens, já nas maiores equipes do mundo, como Chelsea, Real Madrid, Manchester, PSG, etc. Sem contar as brasileiras. Santos, Corinhians, São Paulo, Internacional, etc.
Portanto, entre os onze, tínhamos vários jogadores com experiência internacional. Mas cometemos erros demais.
Primeiro, não tínhamos um time formado antes da Olimpíada. Em vários setores ainda haviam vagas, faltando definir os titulares. Ataque, meio e defesa foram definidos dentro dos jogos. O torcedor não sabia a seleção titular.
A mídia que tem glorificado um único jogador, achando que ele define tudo sozinho, tem atrapalhado também. O penteado de Neymar tem sido mais importante que a bola que ele tem jogado. Individualista e excêntrico! Endeusaram tanto o cara que ele quer provar toda hora que é um craque. Não sabe mais dar um simples passe.
Lembrando: Futebol é coletivo, e o objetivo é fazer gol. A habilidade deve ser utilizada para fazer isto acontecer.
Mano errou na escalação e no esquema tático. Com Pato, Ganso, Lucas e Hulk no banco, ele entrou com Alexandro (Quem é Alexandro?).
Outro grande erro é saber que esta seleção tem mais da metade dos jogadores titulares da verdadeira seleção brasileira. Isto é ruim. Aponta para a continuidade de um trabalho que não tem conquistado a população brasileira.
Parece que com Mano Menezes os jogadores sempre jogam abaixo do que podem render. E a Seleção não pode ser somente o palco para Neymar dar seus espetáculos, nem um caça-níquel para marcar amistosos com países inexpressivos no mundo da bola.
E olha que a Seleção não jogou mal. Mas tinha a obrigação moral de ser campeã, comparada às outras equipes que formaram times juvenis e semi-amadores. Alguns jogos foram complicados.
Um erro da CBF de Ricardo Teixeira foi ter convocado um técnico do momento. Era Mano Menezes, campeão brasileiro pelo Corínthians. Sem experiência internacional e com um mundo restrito do futebol caseiro.Não teve competições para formar uma equipe, como seria uma eliminatória, já que o Brasil já está classificado. E os jogos que são marcados são amistosos de exibição.
Mano era o nome do momento, seria mais ou menos como chamar agora o também corinthiano Tite. O fato de ter conquistado um título importante não mostra que está pronto para comandar a Seleção Brasileira. Outros técnicos mais gabaritados foram e fracassaram.
Acho que foi Nelson Rodrigues que disse que o cargo de técnico da seleção é tão importante que deveria ser escolhido numa eleição nacional.
Está na hora do Brasil focar a Copa de 2014, que aliás disputa em casa. Precisamos de um técnico que traga de volta a paixão à camisa amarela, traga o foco dos jogadores midiáticos para dentro do campo, e conquiste o torcedor desconfiado.
Muricy tem a magia do futebol bem jogado, tendo mostrado isto nos vários clubes que passou. Já dominou egos exaltados e mantém sua postura de vencedor, há mais de uma década. Sem contar que agrada aos jovens, por ser o técnico do Santos, e aos antigos, pois tem a aura de Telê Santana em seu trabalho.
O Brasil quer Muricy. Tá na hora!!!
