Paulo Camelo é engenheiro, e foi diversas vezes candidato a prefeito de Garanhuns. Leitor atento dos blogs, Paulo enviou na forma de comentário, sua análise da entrevista do também engenheiro Geraldo Goes, que pela relevância para o município, trazemos na forma de post. Transcrevo:
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Discordo da "criação de um órgão municipal exclusivo para licenciamentos, fiscalização e assistência técnica".
COMENTÁRIOS:
1 - Em primeiro lugar a Prefeitura não é uma empresa de engenharia para promover Assistência Técnica;
2 - A análise de Projeto deve ser transferida da Secretaria de Infra-estrutura (ou Serviços Públicos) para a Secretaria de Planejamento;
3 - Os técnicos da Prefeitura devem ter dedicação exclusiva. O que acontece atualmente é que os técnicos da Prefeitura, os quais têm o poder de aprovar ou desaprovar os Projetos elaborados pelos Arquitetos e Engenheiros, são ao mesmo tempo concorrentes desses mesmos profissionais no Mercado de Trabalho. Em outras palavras: os clientes preferem contratar um técnico da Prefeitura ao invés de um profissional não vinculado a Prefeitura, na esperança de terem os seus Projetos aprovados com mais rapidez;
4 - Outra questão grave na Análise dos Projetos, consiste na falta de atenção da Prefeitura com o cliente, uma vez que não há um mecanismo que comunique oficialmente e tempestivamente, a relação de pendências e a competente assinatura do técnico responsável, sob carimbo identificador, incluindo também a assinatura do próprio Secretário;
5 - Outro problema grave é que os Projetos em análise não são do conhecimento do Secretário de Infra-estrutura (ou de Serviços Públicos), o João Ricardo, uma vez que o Projeto de Ampliação da UNILEVER estava transitando na citada Secretaria sem o conhecimento do João Ricardo (palavras ditas pelo próprio Secretário em janeiro de 2012);
6 - Entre as exigências há citações de uma verdadeira cartilha de besteirol, quando se pede largura da calçada, distância do imóvel para determinada esquina, dentre outras besteiras;
7 - Por tudo isso, caso Paulo Camelo ganhasse as eleições, certamente o engº Geraldo Goes, seria convidado a se aposentar ou ficar preparando os Boletins de Medição para serem entregues a Caixa Econômica Federal (esta última foi uma sugestão de outro engenheiro);
8 - Caso o novo prefeito Izaías Régis coloque vários engenheiros na Prefeitura sem dedicação exclusiva, vamos continuar na estaca zero. Em outras palavras: engenheiro e arquiteto da Prefeitura, por terem assento privilegiado, não podem concorrer no Mercado de Trabalho com os demais engenheiros;
9 - O que acontece atualmente é que a Prefeitura com sua frágil equipe técnica e com o caduco Plano Diretor, estão atrapalhando o crescimento e o desenvolvimento da cidade e pondo em risco a estabilidade financeira dos arquitetos, engenheiros, pedreiros, serventes, carpinteiros, eletricistas, etc;
10 - A Caixa Econômica tem milhões de reais para incentivo a aquisição de terreno e a construção da casa própria, a juros baixos, mas não tem demanda porque a Prefeitura passa mais de 6 meses para aprovar um Projeto. Portanto, é uma bricadeira de mau gosto essa entrevista indevida do engenheiro Geraldo Goes.
TENHO DITO
Paulo Camelo
