sábado, 2 de fevereiro de 2013

SALOÁ: Ricardo Alves mostra desmandos da gestão anterior e reforça compromissos de sua administração






O prefeito de Saloá, Ricardo Alves (PMDB), recebeu representantes da imprensa do Agreste Meridional para uma entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira, 01, em seu gabinete, onde apresentou dados da gestão anterios, denunciandos os desmandos administrativos, que resolveu colcoar em um documento que está sendo formatado por sua assessoria jurídica e apresentado ao Ministério Público para as providências cabíveis.

Acompanhado de alguns secretários e assessores, como a Secretária de Educação Josevalda Cavalcante, Ricardo Alves falou às rádios, jornais e blogs sobre o que considera ser a herança maldita de Saloá. Segundo ele, até agora forma contabilizados mais de R$ 700 mil de restos a pagar da antiga administração, mas que muito provavelmente este valor ultrapassará R$ 1 milhão. "Muitos débitos ainda estão sendo levantados. Tem obra inacabada que estão nos cobrando os repasses. Funcionalismo com salários atrasados" - informou o prefeito.

Na saúde, Ricardo Alves diz que recebeu o Hospital Josina Godoy sem médicos e sem condições de atendimento. Não dava pra fazer nem a cirurgia mais simples. Porém, a situação vem sendo regularizada. O hospital já conta com médico plantonista de segunda a sexta e os seis PSF´s do município já estão funcionando normalmente. "Não tinha medicamento. Nem um simples comprimido para dor de cabeça" - registrou.

Muitos equipamentos de escolas foram danificados ou simplesmente desapareceram. Projetores, televisores, entre outros que serviam ao aprendizado das crianças. Uma quadra de esportes que estava com o recurso federal liberado não foi construída, aliás, não foi nem licitada, e o município corre o risco de perder a verba.

Alguns absurdos da incompetência da administração anterior foram verbas que estão depositadas há dois ou três anos em contas específicas e não foram utilizadas. Desde 2011 tem R$ 660 mil para a construção de uma creche. O dinheiro ainda está lá, correndo o risco de ser devolvido ao Governo Federal. Na Assistência Social tem um recurso de R$ 250 mil numa conta também há dois anos. 

Com a falta de investimentos, o número de alunos diminuiu nos últimos anos e toda a infraestrutura educacional está com sérios problemas. O transporte escolar, a merenda, os prédios das escolas. Até o PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola) o município perdeu por incompetência da gestão. As aulas têm início no dia 14.

Na agricultura, o município tem dois tratores, mas só um funciona e muito mal. Vamos ver se dos dois conseguimos fazer um que tenha condições de funcionar em condições desejadas.

A atual gestão relata obras inacabadas como a quadra na Serrinha da Prata e o Velório. Inclusive tem débitos a pagar para dar continuidade às obras. Até a Academia das Cidades que já vem há mais de um ano sendo contruída está parada porque o município não deu uma contrapartida de apenas 11% no valor total do investimento do Governo do Estado.

De folha de pagamento a servidores e contratados, Ricardo Alves afirma ter um débito superior a R$ 300 mil, mas denuncia o absurdo das contratações. Saloá tem 283 funcionários efetivos e chegou em dezembro com 1.089 nomes na folha de pagamento, ou seja, 806 contratados, quase três vezes mais. 62% da receita do município, que vive basicamente da receita de ICMS e principalmente do FPM, estava comprometido com a folha. Somente em um único mês que antecedeu a eleição, 290 contratados entraram na prefeitura. 

O atual prefeito já se antecipou, foi ao Tribunal de Contas do estado e assinou um termo de ajustamento se comprometendo em promover concurso ainda neste semestre. Os contratos feitos pela gestão anterior não tiveram continuidade.

Também 180 dias é o prazo que Ricardo Alves diz precisar para regularizar a situação do município, suas contas e a administração, para que os saloaenses possam ver o município prometido pelo prefeito. Tem o Fundeb para regularizar a educação, mas precisamos de tempo e paciência.

Ricardo Alves era o vice-prefeito até dezembro, mas diz que nunca teve acesso aos dados da prefeitura, que o ex-prefeito Gilvan era centralizador e não confiou politicamente no seu então vice, que o rompimento acabou sendo natural e teve o apoio de ex-prefeitos e de muitas pessoas que gostariam de ver a mudança acontecer no município. Já estamos providenciando um projeto para apresentar a FUNASA buscando o saneamento de toda a cidade.

"Algumas situações eram emergenciais como a saúde e a limpeza urbana. Ninguém espera para adoecer, precisamos regularizar urgente o atendimento, e foi o que fizemos. Na questão da limpeza, estamos usando duas caçambas, 50 homens e um retroescavadeira e ainda não conseguimos, em 30 dias, tirar toda o lixo, entulhos e tudo mais que estava acabando com a cidade. Mas vejam que o município já está outra coisa." - Encerrou Ricardo Alves convidando os profissionais da comunicação a conferirem in loco algumas de suas ações.

A coletiva de imprensa foi coordenada pelo assessor Wando Pontes.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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