terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Setores do PT não se identificam com Armando, que conquistou Lula e Dilma


O senador Armando Monteiro acertou quando buscou o PT nacional para fechar o acordo local, por vários motivos, mas principalmente pela falta de unidade do partido em Pernambuco, dificultando o diálogo e acordos eleitorais. O que Armando quer mesmo é ser o candidato de Lula e Dilma no estado, colando sua foto na reeleição da presidente e tendo o maior líder popular do país pedindo votos para ele. Por isto, num estado governado por Eduardo Campos, ter Lula como cabo eleitoral é um ganho considerável, que pode equilibrar a disputa. Mas Armando espera o engajamento do partido da estrela vermelha em sua campanha.

Outros fatores impedem a unidade do PT no apoio a Armando Monteiro. Segmentos do partido, ainda ligados à defesa da classe trabalhadora, com viés sindicalista, têm dificuldade em pedir votos para Armando, que sempre se identificou com o patronato, e tem sua história e família com negócios nas usinas e bancos do estado. Armando virou a voz das indústrias quando presidiu a CNI. 

Outro problema é o que se convencionou chamar de PT do PSB, ou seja, uma parcela significativa do PT que está inserido no governo de Eduardo Campos, e se identifica mais com o governador que com o senador. Alguns petistas nem chegaram a entregar os cargos no governo estadual, mesmo diante do pedido do diretório. Coisa parecida acontece no Recife.

Armando não poderá cobrar unidade no PT, isto é utopia até para eles, mas ele se satisfaz em ter Dilma e Lula em seu palanque, e vice-versa, por isto sua conversa direto com os líderes nacionais do partido.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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