segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Com Marina no jogo, Aécio e Dilma vão repensar campanha



Dilma queria ganhar no primeiro turno, com receio da união dos adversários no segundo. Com Marina, temos a certeza que ele existirá. A presença de Marina coloca em risco os dois projetos. Aécio pode não ir para o segundo turno, e nele Dilma perderia para a representante do PSB. Estas seriam duas possibilidades reais mostradas na pesquisa do Datafolha, divulgada pela Folha de São Paulo.

Então as campanhas de Dilma e Aécio precisam ser repensadas urgentemente.

Aécio tinha em Eduardo um terceiro colocado que poderia lhe dar o segundo turno, e nele, tentar vencer Dilma, talvez até com o apoio de Eduardo.

Aliás, não ficou claro em nenhum momento se Eduardo, estando fora do segundo turno, pra que lado penderia. Qualquer opinião é suposição, pois ia depender de novas conversas. Uns dizem que a amizade de Eduardo e Lula, além da aproximação da cúpula socialista ao governo, levaria Eduardo para Dilma. Outros afirmam que já havia um pré-acordo de apoio entre Eduardo e Aécio, quem estivesse lá, contaria com o outro. Como disse, exercício de suposições.

Aécio vai dizer que Marina é radical, é contra a livre economia e que não tem experiência de gestão. Um risco para os empresários do país. Mas pera aí. Não era isso que se dizia de Lula? Se o discurso de Aécio for este, pode aproximar a imagem de Marina à de Lula, que de fato se parece mais com o ex-presidente que a própria Dilma Roussef, que não tem a ginga nem a simpatia do garanhuense. Marina e Lula têm essa coisa do nordestino e nortista que representam as classes mais populares.

Dilma vai defender seu governo e o de Lula, os avanços, os números, comparados ao governo do PSDB de FHC, representados agora por Aécio. E como fará com Marina? 

Complicado. Vai explorar a imagem de Lula para entrar no eleitorado da ex-senadora, defensora do Meio-Ambiente.

Enquanto isso, Marina, que veio até agora sem se expor, portanto sem críticas, vai pegar a campanha quando ela de fato começa, na Tv e no rádio, trazendo o recall de 2010. Este fator positivo já foi provado no seu índice de rejeição, apenas 11%, muito menor que seus adversários. Dilma tem 34% e Aécio 18%, também pelo Datafolha.

Por isto, as coordenações de campanha de Aécio e Dilma vão ter que queimar mais os neurônios, pois a disputa ganhou novos aspectos, do tamanho de uma floresta amazônica.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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