sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Em debate sem Paulo, Zé Gomes faz críticas ao socialista e a Armando



O candidato do PSOL a governador, Zé Gomes, anunciou, nesta sexta-feira (12/9), durante debate em Caruaru, que seu governo fará uma auditoria independente nos incentivos e renúncias fiscais concedidos pelo Estado nos últimos anos. Segundo ele, estes benefícios, somados à possibilidade de campanhas milionárias serem financiadas por grandes empresas, é um fator que contribui para a corrupção. O candidato do PSB, Paulo Câmara, não compareceu ao evento, que foi transmitido por oito rádios, do Litoral ao Sertão, e deixou a cadeira vazia.

A afirmação de Gomes foi feita durante debate promovido pela Rádio Cultura do Nordeste e Jornal Extra de Pernambuco, em resposta a Armando Monteiro. O candidato do PTB perguntou sobre o benefício concedido pelo Poder Executivo a uma empresa que teria participado da compra do jato usado por Eduardo Campos. Há uma semana o PSOL entrou com representação no Ministério Público Eleitoral para apurar se houve irregularidade em benefício de Câmara.

Em pergunta ao candidato Armando Monteiro, Gomes revelou a diferença do próprio petebista com relação ao seu vice, Paulo Rubem (PDT). Na quarta-feira, em debate na Universidade Católica, Rubem defendeu a descriminalização da maconha. Nesta sexta, Armando se posicionou contra.

“Apesar de ser um tema federal, o governador do Estado, como representante de um conjunto de formulações políticas, precisa ter posições claras. Com relação à descriminalização, precisamos fazer esse debate, pois é algo que pode reduzir a população carcerária e o número de internos da Funase em Pernambuco”, defendeu Gomes.




O candidato do PSOL ressaltou a situação de precariedade na Saúde do Estado, que ficou evidente em casos recentes como a queda de parte do teto do Hospital Getúlio Vargas, no Recife, a falta de especialistas no Hospital do Agreste, em Caruaru, e as paralisações por salários atrasados em unidades administradas por Organizações Sociais (OS’s). Gomes defendeu o resgate do caráter público da saúde, com o fim de contratos com entidades privadas para administrar unidades médicas. 

Defendeu ainda um balanço do Pacto Pela Vida, que teve diversos eixos abandonados, para que a sociedade avalie e participe da reformulação do programa, através de uma Conferência Estadual de Segurança Pública. “Houve uma ênfase apenas na redução do número de homicídios. A solução para a segurança não está na repressão e na criminalização da pobreza. Temos uma visão de que é preciso prevenir as causas da violência, combater o problema na origem”, acrescentou.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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