quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

REFORMA POLÍTICA: Pelo fim dos suplentes no senado e dos vices nos cargos executivos

Armando Monteiro foi eleito para um mandato de senador de oito anos. Foi pouco mais de três anos e meio, e afastou-se para concorrer ao Governo de Pernambuco. Se eleito, não retornaria ao senado. Foi chamado para ser Ministro, e se for até o final do segundo governo Dilma, o senado não o verá mais.

Seu primeiro suplente é o empresário Douglas Cintra, que assumiu uns meses, no afastamento da campanha de Armando, e pelo tempo que tem pela frente, pode ser senador mais tempo que o titular eleito pelo voto direto.

Mas já tem outro porém. Douglas Cintra pode se candidatar à Prefeitura de Caruaru em 2016. Esta pretensão já foi insinuada. Aí deixaria o mandato de senador para se dedicar à campanha, e se eleito for, para administrar a Capital do Forró.

Assume então o segundo suplente, que eu desafio nosso leitor a dizer quem é!

Cerca de 1/3 das cadeiras do Senado Federal está ocupado por suplentes, que ninguém sabe quem são, o que pensam e o que pretendem fazer, pois não apareceram durante as campanhas que elegeram os titulares. Não receberam um voto sequer. Dá uma média de um suplente por estado.

CARGO DE VICE

O cargo de vice no Brasil, cada vez mais, é decorativo. Não interferem nos governos, não deliberam nada, servem apenas para ocupar a cadeira do titular enquanto este se afasta por um curto período. Para isto, serviriam os presidentes da Câmaras de Vereadores, Assembleias Legislativas e Câmara dos Deputados. Como aconteceu recentemente, com Audálio Filho em Garanhuns e Guilherme Uchoa no estado. 

Aqui mesmo em Garanhuns, prefeito e vice não dialogam há mais de 20 anos. Todos rompem nos primeiros meses.

VOLTANDO AO SENADO

E aí, já sabem quem assume no lugar de Douglas Cintra, que assumiu o lugar de Armando, que eleito para oito anos no senado, não cumprirá nem a metade?

Apoio a ideia que se o dono da cadeira, em qualquer situação, desiste, temporariamente ou definitivamente, do seu mandato, o segundo colocado assume, pois este tem a legitimidade das urnas. E assim sucessivamente. No lugar de Douglas Cintra, no meu entender, voltaria Marco Maciel, pela quantidade de votos que recebeu e por ter ficado na terceira colocação. Depois de Armando e Humberto, respectivamente, os eleitores preferiram Maciel, e não Cintra. 

Quer saber quem é o segundo suplente de Armando? Trata-se do ex-presidente da Fetape, José Rodrigues, filiado ao PSB. E olha a situação aí, hoje em lados opostos, caberá a Armando dar uma vaga no senado ao lado que enfrentou em 2014 no estado. Claro, se tivermos a saída de Cintra.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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