quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

E-leitores aprovam fuzilamento do traficante brasileiro



Passada a comoção pelo trágico desfecho da morte do traficante brasileiro, vamos trazer o resultado da nossa enquete:

Você concorda com o fuzilamento do brasileiro Marco Archer na Indonésia?

Sim 90 votos (58%)
Não 63 votos (41%)
Total de Votos: 153 

Desde o início da enquete, sempre tivemos um percentual na faixa de 60% aprovando a decisão da justiça daquele país. Percebemos que a maioria das pessoas queriam penas mais duras no Brasil, alguns até defendendo a pena de morte. Nossa constituição não permite!

Outras circunstâncias e informações sobre se este tipo de pena tem diminuído o tráfico de drogas naquele país passaram longe do debate, e as estatísticas mostram que não. Em alguns países têm penas de chicotadas, decepar mãos, orelhas... Resolve?

A morte de Marco Archer também trouxe um debate religioso, com interpretações contra e à favor, nas leituras de trechos bíblicos.

De certo que se o Brasil importasse tal pena capital teríamos uma matança generalizada, pois devemos ter mais de 30 mil pessoas trancafiadas nas cadeias e penitenciárias do país, respondendo pelo crime de tráfico. Portanto, um problema social e penal, que precisa ser encarado com a força da polícia, da justiça e da implantação de verdadeiras políticas públicas que diminuam a influência das drogas na periferia das cidades. 

Muitos acham que a pena de morte diminuiria a criminalidade, pelo medo do bandido de ser preso e condenado. Outros acham que esta pena seria para os pretos pobres. Um caleidoscópio, onde cada um enxerga o problema de uma forma diferente.

Temos muito o que avançar no debate. De certo que esta pena é perigosa, pois um só inocente morto colocaria em xeque todo o sistema, mas quando vemos criminosos como aquele goiano que matou mais de 40 pessoas dizer que está sentindo falta de matar alguém, talvez não tenha cadeia nem ressocialização que dê jeito. E Marco, com tantos anos de tráfico, quantas vidas destruiu?

Mas temos o direito de matar alguém? Este debate é antropológico, sociológico, religioso, jurídico penal... E olha que a lei prevê situações onde matar não é crime.

Mas continuo achando que não temos este direito, seja sob o prisma legal ou cristão, e como está escrito nas paredes do Centro de Ressocialização de Canhotinho: "O homem é maior que seu erro".

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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