domingo, 19 de abril de 2015

ELEIÇÕES 2016: As movimentações começam a esquentar no Agreste



O Brasil vive ciclos de dois anos eleitorais, e este é um dos problemas que a reforma política pretende acabar. Não se tem tempo para administrar, pois existe um constante processo eleitoral, mal acaba uma eleição, começa outra.

Passada a grade mobilização nacional de 2014, há pouco mais de seis meses, a movimentação vai intensificando para 2016, até porque a própria legislação atual exige que os candidatos tenham um ano de filiação partidária, ou seja, até setembro próximo, todos os candidatos de 2016 deverão estar filiados. O que acontece agora não é, portanto, precipitado, pois existem fatores como composições de chapas para vereadores, apoios políticos, legendas estaduais que buscam representações municipais, que preparam o pleito vindouro. Em alguns casos, estas situações estão até atrasadas, pois estamos em abril, com pouco mais de quatro meses para findar esta etapa do processo.

Estamos acompanhando algumas movimentações nos municípios da região, e aos poucos vamos começar a soltar umas notas que mostram que o processo eleitoral em algumas cidades já está pegando fogo, e outras, está em banho-maria.

Em Garanhuns, a expectativa é pelo nome que pode enfrentar Izaías Regis (PTB) em uma campanha na qual o prefeito é favorito. Contudo, esta expectativa parece ser maior entre os correligionários de Izaías que mesmo entre aqueles que apoiam o governo de Paulo Câmara. Outra coisa, Izaías abrandou o discurso contra Paulo, claro, a eleição agora é a dele. Mas é o franco favorito mesmo, pela falta de um grande líder, neste momento, que possa unir as oposições e contar com o apoio expressivo dos partidos que integram a Frente Popular, muitos deles ao lado do governo municipal em Garanhuns. Izaías aparece bem nas ações de infraestrutura, e peca nas ações sociais.

Um fenômeno que aconteceu na região em 2012 foi a derrota de líderes políticos tradicionais em cidades-chave, para uma oposição renovada, entretanto, alguns novos prefeitos encontraram dificuldades e podem ter que enfrentar os verdadeiros clássicos regionais. Acho que a inserção do nome de Antônio João em Garanhuns e a posterior rejeição, acabou contaminando outros municípios do Agreste, além de outras situações de desgastes naturais. Vamos ter eleições muito disputadas e interessantes, do ponto de vista político, em quase todos os municípios.

Agora virá uma nova história, e muitas prefeituras passam por problemas financeiros, e para a população a culpa é sempre do prefeito. Em alguns casos é mesmo! Terão dificuldades em reeleição ou de eleger seus sucessores. Prefeitos que bateram duramente em Paulo Câmara durante a campanha estão buscando agora a reaproximação, pois sabem que o estado pode ajudar, mesmo com dificuldades de caixa, suas gestões municipais. Aqui no Agreste, quase todos os petebistas acompanharam o governador no final de semana passado. Eleição é eleição, e a hora agora é de administrar, e não se faz isto sem dinheiro.

De certo, aumentaram o fogo, e as movimentações já começam a mostrar caminhos em várias cidades, e todas as ações agora levam a 2016.

A gente vai começando, aos poucos, a dizer os ingredientes destas panelas e a receita desse cozido.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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