domingo, 13 de setembro de 2015

Armando Monteiro pode continuar ministro se Michel Temer assumir a presidência



A presença de Armando Monteiro no ministério de Dilma não é representativa de seu partido, o PTB, que aliás, além de estar na oposição ao governo, ainda está na linha de frente pelo impeachment da presidente. Esta situação, aliada ao fato de que o PTB poderia se unir ao DEM, quase tira da legenda Armando e seu grupo em Pernambuco.

Armando foi convidado a assumir o Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior por dois grandes motivos: a) Uma forma de agradecer pelo palanque em Pernambuco, que foi competitivo até a morte de Eduardo Campos. Nem o PT pernambucano recebeu um espaço parecido.

b) O outro motivo é sua liderança na indústria nacional, já que foi Presidente da CNI.

Caso a situação de Dilma não melhore, e chegue a sua saída do poder, com a ascensão do vice, Michel Temer, é muito provável a continuidade do trabalho de Armando no ministério.

Explica-se...

Por não representar o PTB, seria novamente uma escolha pessoal, e pelo que representa para o setor, pode ver pedido pelo empresariado nacional a sua continuidade. Além disso, Armando vem buscando alternativas para a economia nacional, passando pela produção, e exportação, mas vem sendo atropelado pela crise na economia, com a retração da indústria e comércio nacional, com aumento de juros e diminuição de emprego. 

Caso haja o cenário de coalizão nacional, o PTB deverá também fazer parte do governo, e aí quem sabe, representado oficialmente pelo senador no governo.

O vice-presidente Michel Temer viajou neste sábado (12) para a Europa (Moscou e Varsóvia) e levou em sua comitiva oito ministros de estado, seis dos quais do seu próprio partido (PMDB), que teriam supremacia em um novo governo. Somente Armando Monteiro e Jaques Wagner (PT), que não são peemedebistas, foram chamados. Portanto, o pernambucano ocupa hoje um cargo estratégico, mesmo em um governo tão desgastado.

Aliás, muitos ministérios de Dilma não têm importância alguma para o governo. São 39 ao todo, e Dilma raramente chama muitos deles. Uma reunião neste sábado, para avaliar os novos cortes do orçamento, só reuniu 10 ministros. E olha que o assunto era justamente cortes nos ministérios, ou seja, tem ministro que não pode opinar nem sobre a pasta que comanda. Muitos.

Para um possível futuro ministério, é bom lembrar que Armando Monteiro dialoga bem com a centro-direita nacional, de onde vem sua formação política, até mais próxima que com o PT, que em sua ideologia na formação do partido, batia de frente com o empresariado, representado em várias instâncias pelo próprio Armando, cuja família é de banqueiros e usineiros.

Resumindo: Armando tem mais a ver com Michel Temer que com Dilma Rousseff.


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