terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Exército pode atuar contra chikungunya e o zika vírus em Pernambuco

Número de militares treinados para a ação é de 250 homens e outros serão preparados de acordo com a demanda da região



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O comandante do Exército Brasileiro no Nordeste, general Manoel Pafiadache, afirmou que o grupamento reunido em Pernambuco já tem condições de atuar no combate ao Aedes aegypti, o mosquito causador da dengue, a febre chikungunya e o zika vírus, responsável pelo surto epidêmico de microcefalia no Estado. "Nós já temos um efetivo de 250 homens que recentemente fizeram uma capacitação e atuaram no município do Recife. Esses homens já podem, o mais rápido possível, entrar em ação para dar uma resposta imediata ao problema", disse.

O militar irá reforçar as ações dos agentes de saúde de alguns municípios no combate ao mosquito. Pernambuco lidera em número de recém-nascidos com microcefalia no País, com 646 dos 1.248 casos suspeitos da doença, identificados em 311 municípios de 14 Estados.

O empenho desse efetivo foi acertado nesta segunda-feira (30) entre os ministros da Integração Nacional, Gilberto Occhi, e da Saúde, Marcelo Castro, com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara. Eles participaram de reunião com cerca de 150 prefeitos pernambucanos em Gravatá, cidade a cerca de 85 km do Recife, onde se tratou de ações para controlar a proliferação do Aedes Aegypti.


De acordo com Occhi, os militares podem atuar em Pernambuco por até 60 dias. "À medida em que for necessária a distribuição do efetivo do Exército pelas cidades, nós vamos estar fazendo isso. Eles vão ficar até que a gente possa debelar o máximo possível essa curva ascendente (da epidemia). Temos por volta de 45 a 60 dias para fazer um trabalho efetivo", disse.

O general Pafiadache informou que o Exército conta com o total de 25 mil homens e mulheres no Nordeste. Será feito um levantamento da demanda desse pessoal pelos Estados da região para novos agentes serem treinados. "Vamos atuar de acordo com a demanda", disse.

O ministro da Saúde ressaltou que a presidenta Dilma Rousseff determinou que, além do Exército, a Defesa Civil atue no Nordeste ao lado da sociedade para eliminar os focos de dengue. "A presidenta Dilma tomou essa decisão de colocar todo o aparado do governo federal, com 17 ministérios envolvidos, que estarão à disposição para agir sinergicamente com os governos estaduais, municipais e os agentes de endemias e de saúde, com as escolas e professores, para criar esse tensionamento na sociedade", disse Castro.

Occhi enfatizou a necessidade de a população atuar no combate ao mosquito ao lado dessas forças. "A população precisa ser orientada, porque sem ela nós não teremos sucesso", considerou.

O governador de Pernambuco observou que as forças poderão, inclusive, entrar em locais fechados suspeitos de ter nascedouros do mosquito. "A saúde e a vida está acima de tudo", disse Câmara.

Aplicativo

O ministro da Saúde informou que parte da ajuda da sociedade no combate aos focos de surgimento do Aedes aegypti vai poder ser feita por meio do celular. Segundo Castro, está sendo elaborado um aplicativo para smartphones por meio do qual as pessoas poderão informar lugares onde possa existir foco de reprodução do mosquito.

O aplicativo, segundo o ministro, é parte do empenho para combater o "inimigo n° 1 da saúde pública do Brasil", representado hoje pelo mosquito transmissor da dengue, a chikungunya e o zika vírus.

Castro indicou, ainda, que na próxima semana o governo federal deverá apresentar um plano nacional de combate ao Aedes aegypti. Esse plano está em discussão no grupo interministerial criado por Dilma, envolvendo 17 pastas.

O ministro ressaltou que a presidenta tem assegurado o repasse dos recursos necessários ao combate à epidemia, visando especialmente a redução dos casos de microcefalia. "Não tenho a menor dúvida de que não faltarão os recursos necessários ao combate desse surto epistemológico, mesmo dentro da restrição orçamentária que temos", afirmou.

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