domingo, 3 de julho de 2016

Um pouco de história e sugestões ao Festival de Inverno de Garanhuns - por Givaldo Calado de Freitas



06.07.1990. Nesta data o Garanhuns Palace Hotel abria suas portas pela primeira vez.

13.07.1991. Nesta data começava o I Festival de Inverno de Garanhuns. 

Ainda hoje, um e outro, novinhos, em folha. Por que, permanentemente, reinventados. Reinvestidos. Portanto, revigorados. Reoxigenados... E, a cada ano, com uma surpresa a mais. Daí, modernos. Contemporâneos. Feitos para atender às exigências dos que a eles acorrem.

Na I edição do Festival de Inverno, o seu palco principal, instalado ao lado do nosso Centro Cultural, tinha uma estrutura modesta. Quase insignificante, se formos comparar com a estrutura dos palcos de que dispomos, hoje. Mas, nem por isso, deixou de ser grande, como que a sugerir e apontar à marca de suas próximas edições.

Naquela edição do FIG, Alceu Valença, Zé Ramalho, Dominguinhos... brilharam. E durante os 16 dias do Festival, Garanhuns recebeu milhares de turistas. Turistas que acorreram a nossa cidade para conferir a sua beleza. Encantarem-se com a hospitalidade de nossa gente. E assistirem ao advento daquele que seria o maior Festival Multicultural da América Latina. Turistas que trouxeram dividendos à cidade. À sua gente. Do pequeno ao grande. Como sempre digo: do flanelinha ao grande empresário.

Estive presente àquele I Festival de Inverno. E, na minha memória, a presença de Nelson Mota. Que estava ali como curador. Ele, que é grande jornalista, escritor, compositor, roteirista, produtor musical e letrista. Ele não sabia que estaria assistindo ao nascimento daquele que seria o maior Festival Multicultural da América Latina. 

O Festival de Inverno de Garanhuns nascera com 16 dias, de 13 a 28 de julho. Da sua V edição, em diante, já cobrávamos o seu reconhecimento como “Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco”. Que terminou acontecendo, anos depois. Tamanho o seu sucesso. Tamanha a sua grandeza. Tamanha a sua consolidação. Precoce, por certo. 

Anos seguintes, já falávamos em cobrar o seu reconhecimento como “Patrimônio Cultural Imaterial Nacional”. Pensávamos em atrair mais turistas para nossa cidade, a fim de conhecerem a nossa gente. Provarem do nosso clima. Divulgarem a nossa cidade. E, com o Festival, contemplarem o nosso do inverno. Visionários? Exagerados? Não. Absolutamente, não. Mas, se quiserem que o digam. Ai do mundo não fossem os visionários. Os exagerados. Os apaixonados... É que apontávamos para nossa economia. É que focávamos à geração de emprego e renda à nossa população. 

A esse respeito sempre indagávamos: por que Caruaru e Campina Grande fazem as suas festas de São João em 30 dias e nós não podemos fazer o nosso Festival de Inverno em 30 dias? Se, aqui, temos muito mais apelo que eles, lá? Por conta de nosso clima, de nossas belezas naturais. Enfim, de tantos e tantos mais, que nos sentíamos acanhados em nomear para não nos parecer arrogantes, enquanto defendemos nossa cidade. 

Gramado e Campos de Jordão, por outro lado, fazem os seus Festivais de Inverno em períodos muitos mais longo do que o nosso. Os nossos, embora tenham começado com 16 dias, como referido, hoje são realizados com apenas 10, para prejuízo da cidade e para nossa tristeza. E mais: naquelas cidades se define toda uma programação do que vai ocorrer no ano seguinte, no ano anterior. Programação de todo o ano seguinte, de janeiro a dezembro. Que comina com o já tradicional Natal Luz, que já tem o seu início em novembro, no caso de Gramado. 

O Festival que advogamos para Garanhuns teria um formato diferente, decerto. Os nomes nacionais que, atualmente, são exprimidos em 10 dias, seriam distribuídos em 04 finais de semana e, durante a semana, ou seja: de domingo a quinta, em seu palco principal, trabalharíamos com nomes locais e regionais. Ou seja: não haveria quaisquer outras despesas a mais, com a contratação de artistas famosos para aqueles dias. 

Givaldo Calado
Por outro lado, a estrutura de camarotes tem que ser revista. Impensável que os turistas que vêm a nossa cidade continuem assistindo aos espetáculos de seu palco principal sem um ambiente mais confortável para eles. E isso tem sido a grande queixa dos que vêm a nossa cidade nessa época do Festival. 

A proposta que temos é no sentido de que seja instalado um grande camarote para turísticas que, claro, pagariam ingressos para lá ficarem.

De mais a mais, seria de se contatar empresas estatais como a CAIXA, o BNDES, o BNB, o BB... E empresas privadas como o Santander, o Bradesco, o HSBC..., a fim de não se deixar toda ou quase toda despesa do Festival de Inverno de Garanhuns a cargo do Governo do estado. 

Givaldo Calado de Freitas 
Advogado de Empresas e Empresário.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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