quinta-feira, 4 de maio de 2017

Nem os senadores do PMDB querem votar reforma trabalhista, diz Humberto

Recém-chegada ao Senado, a Reforma Trabalhista aprovada na Câmara dos Deputados promete mobilizar a Casa. Contrário à proposta, o líder da Oposição, Humberto Costa (PT), acredita que o governo Temer enfrentará muita resistência e que, no fim, a medida não será aprovada pelos parlamentares. Consulta publica feita pelo e-cidadania, plataforma online do Senado, revela a ampla rejeição da proposta. Até agora, mais de 95 mil pessoas votaram, cerca de 96% do total, 91.386 se manifestam contra a proposta e apenas 1.863, a favor.

“O Senado é uma Casa revisora. É responsabilidade dos senadores revisar as decisões dos deputados. Posso dizer com toda a certeza: não tem clima para passar uma proposta como essa. Nem mesmo os senadores do PMDB, partido de Michel Temer, querem votar na proposta e isso não é por acaso é porque a luta é grande, a população não aceita o fim dos seus direitos e essa informação vai pesar na hora das pessoas decidirem em quem irão votar no ano que vem”, afirmou Humberto.

O embate entre senadores contras e a favor da Reforma Trabalhista no Senado já começou. Na última terça-feira, o presidente em exercício do Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), tinha resolvido encaminhar a proposta apenas para comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Assuntos Sociais (CAS). Após a pressão de parlamentares, o tucano acabou cedendo e resolveu despachar a proposta de reforma trabalhista também para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.

“Não adianta tentar passar o rolo compressor. Aqui no Senado estamos mobilizados e vamos, junto com o apoio da sociedade, ampliar o debate, denunciar o que está em jogo. Não vamos permitir esse retrocesso. Temer, o PSDB e seus aliados não vão destruir a dignidade que resta aos trabalhadores brasileiros, já tão sofridos nestes tempos de hoje”, disse o líder oposicionista.

Entre as mudanças previstas na reforma estão a determinação para que acordos entre empresários e representantes dos trabalhadores passem a ter força de lei, o chamado "negociado sobre o legislado", o parcelamento das férias, redução dos intervalos de trabalho e ampliação da hora extra.

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