domingo, 26 de julho de 2009

O FIG visto pelo olhar da imprensa da capital


Acabo de ler uma reportagem em um grande jornal da capital sobre o show da Nação Zumbi em nosso festival. Sinceramente ao final da leitura fiquei meio desnorteado se o texto contempla positivamente nossa cidade e o festival. A matéria tem uma página inteira e foi publicada no sábado. Vamos ao texto. Fico com a impressão que até onde é show ele é elogiado, onde é organização é criticado. Ela defende a inclusão de bandas de forró estilizado em nossa programação, pois criticou a retirada do palco da cultura popular da banda "Anjos do Forró". Vejam só como está escrito lá - "Jazz, música erudita, rock, coco, ciranda, reggae podem entrar, enquanto que as moças rebolativas do forró à base de teclado ficam de fora. Se o palco é "cultura popular" não abarca a Anjos do Forró, para onde a banda deveria ir?" - E diz ainda mais - "Resta saber o que difere Aurinha do Coco e Anjos do Forró no sentido "popular". - Tá aí. Sensibilidade zero. Essas bandas de forró tem espaço em rádio, eventos mil por todo o nordeste, tocam o ano todo, fazem música com o único intuito de vender putaria, incentivando a prostituição e o vício do álcool, e a mulher ainda vem perguntar qual é a diferença? Deve ter sido por isso que o STF caçou a necessidade do diploma de jornalista, pois é dom e sensibilidade, é estudar a vida e não simplesmente as letras. E vocês acham que parou por aí? tem mais. Transcrevo - "Importante dizer que o evento está bastante policiado, quem entra na praça recebe logo um "baculejo". Mas não havia a necessidade da intervenção ostensiva, o que tornou o ambiente tenso." - ela finaliza reclamando dos exageros do poder. Bem, fazer o que? Dizer o que? Se acontecesse alguma coisa na praça ela seria a primeira a colocar no jornal o descaso da polícia e da segurança. Como fazem o restante do ano todinho. A parte boa é relativa à banda, sabem porque? Porque o FIG deste ano na esplanada virou uma festa feita pelo povo de Recife, com o povo de Recife e para o povo de Recife, e de onde a repórter é? Quanto a nós, aceitemos tudo que vem de lá porque somos debilóides sem cultura e por isso não precisamos usar da voz, afinal eles sabem o que a gente quer ou o que a gente deveria querer. Aliás, os mangue-boys de Garanhuns estão desaparecendo. Agora todo mundo quer fazer black music. rsrsrsrs. Quanto a reporter, fiquei arretado, se era pra criticar que acertesse o tiro, mas vir criticar justamente o que acho que está dando certo! Aí é demmmmais!

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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