O ministro da Economia, Paulo Guedes, perdeu o braço-de-ferro com o Centrão em relação ao Auxílio Brasil. Parlamentares ligados ao bloco já haviam alertado Bolsonaro, em maio, de que ele seria derrotado nas urnas no ano que vem caso não turbinasse o auxílio emergencial para, pelo menos, R$ 400
Segundo a colunista Thaís Oyama, Guedes saiu perdendo porque não conseguiu recuperar a economia e porque Bolsonaro corre o risco de perder o pleito em 2022.
Hoje, o presidente tem alto índice de rejeição e pode, inclusive, cair ainda mais nas pesquisas caso eleitores antipetistas percebam que Bolsonaro não reúne condições para vencer Lula.
Ontem, a ameaça de rompimento do teto de gastos para ampliar o valor e o alcance do Bolsa Família derrubou a Bolsa e fez aumentar o dólar. O temor do mercado é de que a medida provoque o descontrole da inflação, com o consequente aumento dos juros e a piora do desemprego.
Se a perspectiva é ruim para o Brasil, para Bolsonaro tampouco configura garantia de melhora de popularidade. O investimento nos votos das classes D e E, fortemente ligadas a Lula, é medida arriscada e de retorno incerto. Mas, para Oyama, por enquanto, é a única que ele tem.