Li o texto de Roberto Almeida sobre o Oscar e que recebeu um comentário da Fernanda. Vou entrar no assunto sobre outra ótica. Aqui no Brasil o cinema é subsidiado, ou seja existe muita verba pública e a de empresas privadas que entram na maioria das vezes são resgatadas pelas leis de incentivo. A verdade é que isso está melhorando a qualidade de nossa produção. Mas fico achando que temos muito filminho água com açúcar pra rostinho global. Não que eu defenda um cinema comprometido com filosofia marxista mas bem que poderíamos ter mais longa metragens históricos ou botando fogo em temas de mais importância. Nos Estados Unidos, onde o cinema é uma grande indústria, alguns personagens e temas históricos sempre estão na tela. No Brasil, salvo algumas raras exceções como o filme "Olga", com a Camila Morgado, que conta a história romanceada da Olga Benário, mulher do Luis Carlos Prestes e que foi um grande sucesso, é mais fácil ver os atores em comédias românticas bobinhas, que a princípio nos agrada, mas que três dias depois não conseguimos recordar mais. Não é porque o filme seja baseado em história que vai ser chato, e "Olga" é um exemplo disso. Vejamos quantas histórias poderiam ir pro cinema: Getúlio Vargas, JK, Collor, Tancredo, Dolores Duran, Bossa Nova, Luiz Gonzaga, Copa de 70, Jovem Guarda, etc. Alguns filmes, mesmo misturando ficção e realidade conseguiram visibilidade internacional como "Tropa de Elite" e "Cidade de Deus". É preciso evitar que o filme seja um besteirolzinho somente para ganhar uma grana "federal". E ter um acompanhamento para evitar também erros como nas produções dos filmes "Chatô" e "O Guarani", que foram investidos o meu e o seu dinheiro, e nunca saíram.
Até a Rede Globo em suas minisséries tem exaltado mais temas importantes tupiniquins como "Maysa" no ano passado e "Dolores Duran", que vem por aí! E volta e meia, resgata um grande livro ou grande personagem da nossa literatura!