As manchetes dos jornais mostram o drama que a seca vem causando no interior do Nordeste. No Jornal do Commercio de hoje está estampado - "Seca dizima animais e burocracia dificulta ajuda oficial". Os prefeitos, deputados, senadores, governadores, meios de comunicação, população em geral, vêm alertando que a situação está de fazer pena, um desastre irrecuperável, abalando toda a economia regional, enquanto isso, o Governo Federal demora em buscar soluções que de fato resolvam. Dilma não esteve presente, não viu os animais morrendo, não viu famílias perderem tudo, e quando chamou os governadores para conversar foi num luxuoso hotel na beira da praia em Salvador.
Também no jornal, relatos dos atrasos das obras do PAC e dos megaprojetos da TransNordestina e da transposição do Rio São Francisco, mostram um certo distanciamento do governo com o Nordeste.
Cada animal morto de fome e de sede é de uma tristeza para todos. Os municípios estão sofrendo e a burocracia está virando um problema tão grave quanto os naturais. Há dinheiro, neste momento temos a União rica, Estados endividados e Municípios quebrados, falidos. O governo federal tem feito benesses para a indústria nacional com os recursos que viriam para os municípios.
Tem produtores que perderam todo seu rebanho. Principalmente os pequenos pecuaristas estão desesperados. A falta de água impossibilitou a plantação de grãos e pastos. O que salva é o bolsa família e outros programas, se não já teriam debandado. Mas não é isso que querem, desejam água e condições para recomeçar com o que têm.
Mas a demora no auxílio tem causado um estrago ainda maior!
Sabemos que são perfis diferentes, que Dilma trabalha com mão de ferro e busca resultados em seu gabinete. Mas se tivesse feito como o ex-presidente Lula que pisava no barro e tomava a água do pote, já teria vindo pessoalmente chorar junto aos agricultores e oferecer ajuda diretamente, e não numa reunião fechada com os governadores, tomando água potável no frescor do ar condicionado.