domingo, 9 de novembro de 2014

CONCURSO PÚBLICO: Estudo comprova que Prefeitura de Garanhuns está colocando vagas muito abaixo do que tem de contratados



Carlos Eugênio é jornalista e ex-secretário de Comunicação Social da Prefeitura de Garanhuns. Atualmente assina um dos mais importantes blogs do interior do estado, com foco no Agreste e principalmente em Garanhuns. Um dos assuntos mais buscados é o que trata de concursos. 

Carlos Eugênio fez durante alguns dias, com informações conseguidas da própria Folha de Pagamentos da prefeitura, disponível na internet, um minucioso estudo onde identificou que a Prefeitura de Garanhuns possui mais de 130 Agentes Administrativos/Auxiliar Administrativo contratados, mas, de forma impressionante, nenhuma vaga está prevista no Concurso Público anunciado, que terá apenas 127 vagas no total. Ou seja, só neste item já ultrapassa tudo que foi disponibilizado para a concorrência.

Diante deste absurdo, o Ministério Público requereu o quadro de contratados da Prefeitura, em um prazo de dez dias, que já está se esgotando. A suspeita é de que o município esteja "ludibriando" a promotoria que cobra a realização do Concurso Público para as vagas existentes. Já existe prazo para a realização do certame e multa aplicável caso não seja realizado dentro do prazo ajustado pelo Termo de Ajustamento de Conduta. O município vem há mais de um ano empurrando com a barriga, como se diz na gíria, e conseguiu um prazo de mais seis meses. Sem contar o tempo depois para convocação dos aprovados.

Com mais de 1200 contratados, a prefeitura estaria realizando um concurso para apenas 10% do total, mas o próprio MP já atestou que existem mais de 1400 cargos vagos na administração. Fica a impressão, e para muitos a certeza, que a prefeitura só vai realizar o concurso devido à exigência legal, representada pelo Ministério Público, e que mesmo assim, tenta fazê-lo para um número mínimo, que possa dar uma satisfação à justiça.

Segundo Carlos Eugênio, outro número que chama a atenção é o de Auxiliar de Serviços Gerais contratados: são cerca de 290 contratados e nenhuma vaga estará em disputa no Certame. A Prefeitura de Garanhuns também possui quase 80 motoristas contratados, todavia sequer uma vaga foi prevista. Tem também mais de 65 Agentes de Disciplina contratados e apenas 10 vagas estarão à disposição dos candidatos.

Confira outras discrepâncias: são cerca de 30 recepcionistas; 59 educador/orientador social e 52 merendeiros contratados, mas o Concurso que será realizado em 2015, não prevê sequer uma vaga para estas funções. Nenhumazinha.

A Prefeitura, diante da repercussão negativa e da pressão do Ministério Público, insinuou que pode aumentar o número de vagas. O que era uma impressão, vira quase uma certeza, se não tiver a fiscalização do MP e a pressão da sociedade, a coisa não anda.

Aliás, contratos irregulares da administração municipal é um dos pontos a serem investigados pela CPI aberta na Câmara de Vereadores.

Para conferir o estudo completo feito por Carlos Eugênio, clique aqui.

SECRETÁRIOS DO FUTURO GOVERNO PAULO CÂMARA EM PERNAMBUCO

Ennio Benning na Secretaria de Imprensa de Pernambuco


O Jornal do Commercio traz neste domingo uma ampla reportagem sobre os possíveis nomes que podem compor o futuro secretariado do Governo Paulo Câmara. Uns são dados como certos, outros nem tanto. Batem em parte com uma especulação que soltamos aqui esta semana.

Um dos certos é o jornalista Ennio Benning na Secretaria de Imprensa. A função foi ocupada por Evaldo Costa durante o governo Eduardo Campos, e atualmente tem em Ivan Maurício, o titular da pasta. Ennio é ex-assessor do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), e passou a integrar a equipe de Paulo em agosto. Conquistou seu espaço e está muito prestigiado.

Zé Neto, deve ir para a Casa Civil ou continuar na Secretaria da Administração. Ex-adjunto de Paulo Câmara na Secretaria da Fazenda, o advogado José Neto é tido como nome certo. Durante a campanha chegou a assumir a equipe de coordenação de Paulo Câmara. 

Renato Thiebaut também está na lista. Ex-chefe de gabinete do governo Eduardo Campos. Thiebaut foi um dos coordenadores da campanha de Paulo Câmara e está na equipe de transição do governador eleito. 

Raul Henry e Sileno Guedes devem assumir funções políticas junto a Paulo Câmara, pelas suas experiências. Somente o segundo deve ter secretaria, deixando o governo na capital. Raul terá voz como vice-governador, e a sintonia com Paulo foi vista já na campanha vitoriosa.

A família do ex-governador, Eduardo Campos, não participará do governo, ao menos não diretamente. Entretanto, terá força para influenciar a gestão. Por falar nisso, Paulo Câmara evitará parentes no governo, inclusive a cunhada Cecília Wanderley, economista, que foi responsável pela elaboração do programa de governo do socialista. Quer evitar um desgaste sentido por Eduardo Campos.

Antônio Figueira era cotado para a Casa Civil. O médico foi um dos mais prestigiados secretários de Eduardo Campos, avançando na saúde no interior do estado com a implantação do SAMU e das 15 UPAE´s. Entretanto, pode não retornar para a secretaria, para cuidar de seus negócios particulares. Um nome cotado para a Saúde é o médico Sebastião Oliveira, eleito Deputado Federal com o apoio do tio Inocêncio Oliveira. Figueira foi importante durante a campanha, articulando politicamente palanques regionais, e conta com o prestígio do futuro governo. Tomou gosto pela articulação, e por isto poderia encaixar na Casa Civil.

Felipe Carreras e Tadeu Alencar, tidos como possíveis secretários, o primeiro até como presidente da Empetur, devem cumprir mesmo seus mandatos de Deputado Federal. Ambos estão empolgados com o sucesso das urnas para representar o estado em Brasília. Danilo Cabral, em segundo mandato, tirou o primeiro como secretário de estado. É uma incógnita.

Especula-se que Paulo Câmara chamará dois Deputados Federais e dois Estaduais para seu governo, já falamos sobre isso. Relembre aqui. Apostaria em Sebastião Oliveira e Danilo Cabral. Dos estaduais, em Raquel Lyra e Lucas Ramos. Dentre os secretários que foram candidatos a estadual e não se elegeram, alguns têm força para retornar à administração estadual, como Laura Gomes, Marcelino Granja e Isaltino Nascimento.

Obeserve-se que está nascendo a quarta geração do PSB, e nós ainda vamos falar sobre este assunto.

A história do Colégio XV de Novembro de Garanhuns




Antes dos idos de 1900, um casal de missionários Norte-americanos aportou em Pernambuco, trazendo a mensagem salvadora do Evangelho do Nosso Senhor Jesus Cristo, como muitos outros que, a partir do grande pioneiro Anshbel Green Simoton, ao Brasil viriam com essa finalidade, desde o século anterior. Chamavam-se William e Rena Butler.

Cedo reconheceram a necessidade de, além do trabalho missionário que vieram fazer, dar instrução a um grupo de moços que haviam conhecido e aceitado o Evangelho da graça de Cristo. Aspiravam estudar para o Ministério nesta aprezivel e cativante cidade de Garanhuns. O casal resolveu ministrar ao grupo lições de diversas disciplinas, acalentados pelo sonho de vê-los educados e prontos para a vida.

Se, por um lado havia sonho e trabalho do médico Dr. William Butler, pastor dedicado, pregador entusiasta da Palavra, por outro, os jovens, desejosos de adestrarem cultural e espirituosamente suas vidas, correspondiam em todos os aspectos às expectativas e ansiedades do casal. William e Rena prosseguiram o ideal com alegria, permeada de incertezas. Fundar uma escola a partir destas ações foi a bendita centelha aparentemente inexpressiva que viria a medrar e a brilhar, pela graça de Deus, nos corações daqueles primeiros abnegados servos, dedicado no trabalho do Ministério da Pregação e do Magistério. Parecia até inacreditável aos olhos de muitos, um estrangeiro lançar-se a tão ingente empreitada.

O idealismo do Dr. William Butler, secundado pela compreensão de sua esposa, D. Rena, provaram-no através destas histórias, bem ao contrário do que pensavam os indiferentes.

A benfaseja somente da instrução havia sido lançada para uma próspera colheita no porvir. Mas ninguém trabalha só na obra do Senhor. E Deus tinha preparado outros companheiros que cedo viriam ajudar o Dr. Butler no seu ideal. O sonho dele logo veio a ser alimentado com o convite feito - e aceito - ao Reverendo Martinho de Oliveira para ajudar e continuar aquela senda: levar o ensino educacional, com a marca do Evangelho, que já desabrochava vigorosamente em Garanhuns. A motivação inicial de fundar uma escola organizada permanecia na mente dos rapazes e moças que estudavam ainda com o casal Bluter. Precisavam ter agora orientação pedagógica para os filhos dos evangélicos da Cidade, que já eram numerosos.

Ainda na primeira década deste século, os Bluter foram para Canhotinho e fundaram naquela cidade um hospital. Em Garanhuns, com o Reverendo Martinho de Oliveira, continuaram todos os trabalhos. A escola já funcionava a pleno vapor. Abria as suas portas a tantos quantos solicitassem. Não fazia restrições de pessoas, nem de elasses. O ensino era para todos, independente do credo religioso. Com o novo século, surgia em Garanhuns uma nova época. Um novo limiar do ensino e da educação. O embrião do Colégio Quinze estava pronto para medrar. Vários outros professores se aproximavam do entusiasmo do reverendo Martinho de Oliveira, dando a sua vida com denodado sacrifício por ter, ali em Garanhuns, um fecundo estabelecimento de ensino, para servir a DEUS, à Pátria e a Garanhuns.

Texto extraído do livro Colégio QUINZE, 100 anos servindo a Deus, à Pátria e a Garanhuns (URBANO VITALINO e MARCILO REINAUX, 15 DE NOVEMBRO DE 1999).

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