O candidato do PSOL a governador, Zé Gomes, anunciou, nesta sexta-feira (12/9), durante debate em Caruaru, que seu governo fará uma auditoria independente nos incentivos e renúncias fiscais concedidos pelo Estado nos últimos anos. Segundo ele, estes benefícios, somados à possibilidade de campanhas milionárias serem financiadas por grandes empresas, é um fator que contribui para a corrupção. O candidato do PSB, Paulo Câmara, não compareceu ao evento, que foi transmitido por oito rádios, do Litoral ao Sertão, e deixou a cadeira vazia.
A afirmação de Gomes foi feita durante debate promovido pela Rádio Cultura do Nordeste e Jornal Extra de Pernambuco, em resposta a Armando Monteiro. O candidato do PTB perguntou sobre o benefício concedido pelo Poder Executivo a uma empresa que teria participado da compra do jato usado por Eduardo Campos. Há uma semana o PSOL entrou com representação no Ministério Público Eleitoral para apurar se houve irregularidade em benefício de Câmara.
Em pergunta ao candidato Armando Monteiro, Gomes revelou a diferença do próprio petebista com relação ao seu vice, Paulo Rubem (PDT). Na quarta-feira, em debate na Universidade Católica, Rubem defendeu a descriminalização da maconha. Nesta sexta, Armando se posicionou contra.
“Apesar de ser um tema federal, o governador do Estado, como representante de um conjunto de formulações políticas, precisa ter posições claras. Com relação à descriminalização, precisamos fazer esse debate, pois é algo que pode reduzir a população carcerária e o número de internos da Funase em Pernambuco”, defendeu Gomes.