Uma entrevista do prefeito Izaías Régis à Revista Movimentto, no mês de julho, está repercutindo nas redes sociais, principalmente no Facebook, pois nela o chefe do executivo garanhuense afirma que estaria pensando em privatizar os parques da cidade. Lógico, Pau-Pombo e Euclides Dourado.
De imediato lembrei que o SESC, há algum tempo, tinha demonstrado interesse em assumir o Pau-Pombo (Parque Ruber Van der Linden), abrindo passagens de sua Colônia de Férias diretamente para o parque, que seria uma espécie de anexo e seria cuidado pela instituição. A proposta não chegou a ser esclarecida, e parece ter esfriado. Aliás, SESC e prefeitura parecem que estão com um probleminha devido ao terreno de frente ao novo Centro de Convenções. Izaías estaria propenso a não doar a área para o SESC, inclusive fazer estacionamento. Silvino, na época, teria se comprometido, mas não deixou no papel.
Voltando aos parques, fui ler detalhadamente a entrevista, e acho que o prefeito falou uma coisa pensando em outra.
A palavra "privatização", usada por ele, pressupõe a venda de algo público para uma instituição privada, logicamente. Entretanto, Izaías diz que sua ideia não é se desfazer dos parques, que continuariam sob o domínio da administração municipal.
Em Gramado e Canela, no Rio Grande do Sul, alguns parques cobram entrada, para suas manutenções e novos investimentos, inclusive com o teleférico, trenzinhos, pedalinhos, etc. (a grande maioria paga por fora para ter acesso). É o que pensa Izaías com uma pista de gelo para o Parque dos Eucaliptos.
Mas pagar entrada nos parques não é o caso de Garanhuns.
Pelo que falou na entrevista, Izaías pensa em restaurantes, cafés e outros estabelecimentos de perfil turístico, e de qualidade, dentro dos parques.
Seria portanto uma concessão, estabelecida através de concorrência pública, e que seria muito bom para geração de emprego e renda, como existe em muitos outros municípios. Pois seriam atrativos que ajudam na circulação de dinheiro. Na forma que estão, os parques podem ser visitados sem que o turista se sinta motivado a gastar um real.
Se for isto mesmo, é só esclarecer, que acredito terá o apoio da população, mas se de fato, se for a Privatização dos Parques, não tem lógica nem sentido se desfazer do patrimônio histórico e ambiental de Garanhuns, pensando somente em aumentar arrecadação.