Ronaldo,
Concordo com o texto (de Moacir Japearson). Se ditadura fosse boa, estaríamos no primeiro mundo, pois nossa História republicana foi marcada essencialmente pelo autoritarismo.
Toda ditadura é nefasta. Porém, ninguém mais se lembra da ditadura varguista do chamado estado novo. Foram cerca de sete anos de ditadura, mas em termos absolutos foi bem pior do que a quartelada de 64 que duraria 20 anos. Foram presas cerca de sete mil, pessoas, enquanto a ditadura dos milicos prendeu cerca de cinco mil. Na ditadura varguista seria impossível uma imprensa funcionando e a edição de jornais como o pasquim, que foi fundado em 1969, depois da edição do famigerado AI 5. A ditadura getulista foi, ao que parece, "anistiada" pelas esquerdas, que depois se uniram ao próprio Getúlio.
É isso aí. Um abraço caro Ronaldo, e todos os dias acesso o seu excelente blog.
Saudações democráticas e rubronegras, Rafael Brasil.
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AGORA COMIGO: Rafael foi meu professor de Ciência Política no curso de Direito. Já havíamos divididos as páginas do Correio Sete Colinas, como colaboradores de Roberto Almeida. Trata-se de uma das cabeças mais privilegiadas do Agreste sobre os aspectos históricos e do desenvolvimento da política mundial. Ora concordávamos, ora discordávamos, e a amizade foi construída sobre o conhecimento e o debate. Um exemplo! Um social-democrata socialista. Será isto?
Saudações tricolores, professor, que bom que gostou do artigo do Moacir, um jovem brilhante na escrita e na cabeça!
PS: Caro Ronaldo, não sou mais socialista. Sou um liberal de direita, e com muito orgulho. Porém gosto de conversar com gente inteligente, que aceite o debate e a saudável divergência democrática. Parafraseando a comunista Rosa de Luxemburgo, democracia é um regime que respeita o dissenso, a minoria. Só não gosto é de mentalidades autoritárias, ou mesmo totalitárias, petrificadas em grande parte das nossas esquerdas, infelizmente. Como diria Gabeira, a esquerda precisa urgentemente ser repensada. E o país precisa do fortalecimento de uma esquerda verdadeiramente democrática.
Um abraço, Rafael Brasil.