VENCENDO A CRISE: Enquanto o Brasil cresceu somente 0,3%, Pernambuco obteve crescimento de 2,7% no PIB do 2º trimestre. Resultado decorreu do desempenho dos três grandes setores da economia: Agropecuária (41,1%), Indústria (- 5,0) e Serviços (3,7%)
A Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco - Condepe/Fidem divulgou nesta sexta-feira (15/09), durante entrevista coletiva, o relatório com dados do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado referentes ao segundo trimestre deste ano, no qual se evidencia a recuperação da economia pernambucana.
O documento mostra uma elevação real de 2,7% no trimestre (abril a junho), na comparação com o mesmo período de 2016. Já em comparação com o trimestre imediatamente anterior (com ajuste sazonal), a variação foi de 1,1%. O resultado decorreu do desempenho dos três grandes setores da economia: Agropecuária (11,8%), Indústria (-1,7%) e Serviços (1,7%). Em valores correntes, o PIB do período alcançou R$ 39,4 bilhões.
“A perspectiva é a de que este ano o Estado continue a trajetória de recuperação fechando em torno de 2%, e no próximo ano haja uma melhoria econômica consolidada com a chegada de mais investimentos ao Estado, devido ao esforço que vem sendo empreendido pelo governador Paulo Câmara”, comentou o presidente da Agência Condepe/Fidem, Bruno Lisboa.
Já o diretor executivo de Estudos, Pesquisas e Estatística da Agência Condepe/Fidem, Maurílio Lima, destacou que os números refletem, principalmente, da recuperação da Agropecuária, já que o setor cresceu 41,1% em relação ao primeiro trimestre e 32% na comparação semestral, comparado aos mesmos períodos em 2016. “Na agricultura, destacam-se as lavouras de sequeiro (milho, feijão e mandioca) favorecidas pela melhoria nas condições climáticas. Além disto, tivemos impulsos positivos com relação às culturas de cana-de-açúcar, do café, cebola, do tomate e do arroz irrigado, que também contribuíram para um maior desempenho do setor”, explica o diretor.
O setor de Serviços cresceu 3,7% em relação ao mesmo trimestre do anterior, impulsionado principalmente por uma alta de 5,2% no segmento do comércio, de 3% nas atividades imobiliárias e aluguéis. Já a Indústria apresentou queda de 5%, com uma variação negativa de 5,5% no segmento de construção civil.
No comparativo semestral a Indústria registrou um crescimento de 0,4% com os SIUPs (3,3%), a construção civil (-3,5%) e a indústria de transformação (2,1%), influenciado, principalmente, pelos desempenhos positivos observados nos setores de equipamentos de transporte (48,8%), de produtos de metal (18,3%), impulsionados, sobretudo, pelo aumento na fabricação de embarcações para transporte (inclusive plataformas), e de esquadrias de alumínio e latas para embalagens de produtos. Com relação aos produtos alimentícios, registra-se o aumento de 1,9%, decorrente de maior produção de biscoitos, açúcar VHP e refinado, margarina e massas. Destacou-se também a influência do polo automotivo.
Cenário nacional - O Brasil teve um crescimento de 0,3% no PIB do segundo trimestre de 2017 com relação ao mesmo trimestre do ano anterior e de 0,2 se comparado ao trimestre imediatamente anterior. “Esses resultados demonstram a força da economia de Pernambuco frente a nacional”, salienta o presidente da Condepe/Fidem, Bruno Lisboa. Os números pernambucanos também são positivos diante de outros Estados que avaliam o PIB através da metodologia trimestral, a exemplo do Ceará (2,17%) e São Paulo (- 0,7 %) e Bahia (2,4%).