O levantamento do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), em parceria com o portal LeiaJá e o Jornal do Commercio, levado a efeito entre os dias 22 e 23 de setembro no Estado de Pernambuco, mostra o candidato Paulo Câmara com 39% de intenções de voto para governador, cinco pontos à frente do seu principal opositor, Armando Monteiro, que alcançou 33%. O resultado está fora da margem de erro de dois pontos percentuais.
Na pesquisa anterior do IPMN, realizada na primeira semana de setembro, o placar era de 33% a 31% para Paulo Câmara. Assim, nesses últimos quinze dias Armando Monteiro oscilou positivamente dois pontos percentuais e o candidato pessebista cresceu seis.
O gráfico que acompanha o texto mostra a evolução dos números de 17 pesquisas de diversos institutos divulgadas em Pernambuco desde abril deste ano, incluindo o mencionado resultado do IPMN.
Nesta corrida ao Palácio do Campo das Princesas houve três momentos bem distintos até o presente, conforme pode ser visto por inspeção ao gráfico.
O primeiro, que vai de abril (indicação de Paulo como pré-candidato) até a morte do ex-governador (13 de agosto), era bastante ampla a diferença de intenção de votos entre os dois candidatos: na média das pesquisas do período Armando pontuava 42% contra 10% de Paulo.
O segundo, que vai da pesquisa do Ibope de 12 e 13 de agosto até a do Datafolha de 2 e 3 setembro, ocorre a meteórica ascensão de Paulo em intenção de votos, combinada com paulatino decréscimo de Armando.
O terceiro momento, retratado após o empate técnico-numérico dos dias 2 e 3 de setembro, detectado pelo Datafolha, o candidato pessebista mantém-se à frente do oponente petebista, mas com crescimento de intenções de voto menos pujante que no período anterior.
Pode-se dizer, assim, que o quadro sucessório encontra-se estabilizado nesta terceira fase, a despeito de algumas flutuações de maior visibilidade numérica em certos levantamentos individuais dos institutos.
Com efeito, depois do empate técnico-numérico dos dias 2 e 3 de setembro (36% a 36%), os sete levantamentos que se seguiram mostraram Paulo superando Armando, exceto no do Ipespe, no qual os dois candidatos tinham 33% de intenção de votos cada.
Nestes sete levantamentos a média de votos do senador é de 33% e a do ex-secretário é de 38%. Portanto, nas últimas três semanas, excluindo-se as influências de pesquisas individuais sobre os números dos candidatos, a diferença de intenção de votos entre os dois principais postulantes ao governo é de cinco pontos de percentagem.
A manutenção dessa estabilidade, vale dizer, a permanência desse contexto eleitoral nos próximos dez dias, favorece Paulo Câmara. Ele está à frente em intenções de votos, e a eleição tem altíssima probabilidade de findar no primeiro turno, já que os outros candidatos somam, em conjunto, cerca de um ponto de percentagem.
Se forem considerados os votos válidos embutidos nesta última pesquisa do IPMN, por exemplo, Paulo Câmara leva vantagem sobre Armando Monteiro de 53% a 45%. Se fosse hoje, a eleição estaria terminada.
Não se pode esquecer, todavia, que os eleitores que disseram que votariam em branco ou anulariam o voto (11%), e os que se mostraram indecisos sobre em quem votar (16%), somam 27% nesta pesquisa do IPMN.
Admitindo-se que os votos brancos e nulos nas urnas, na eleição de 2014, sejam aproximadamente iguais aos de 2010 (17,4%), há perto de 10% de votos a serem garimpados até o pleito do dia 5 de outubro.
Entretanto, mesmo esses dados reforçam as boas chances de Paulo Câmara. As informações internas da pesquisa IPMN mostram que entre os indecisos a proporção que tende a favor de Paulo é de 1,75 eleitores para cada eleitor de Armando Monteiro. Quer dizer, para cada 10 eleitores desse grupo que se definem por Armando, outros 17 abraçam a candidatura de Paulo Câmara.
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