No último dia do
#FIG2014, a produção do festival decidiu fazer uma homenagem póstuma a Sérgio Valença, o Pezão. Enquanto imagens dele eram exibidas nos telões do FIG, todos os que fazem a Secult e Fundarpe subiram ao Palco Dominguinhos e o cantor China, que acabara de tocar com a banda Del Rey, foi convidado para ler um texto escrito em nome de todos os realizadores e produtores do FIG 2014. Foi um momento emocionante, com milhares de palmas de uma praça lotada a este grande produtor cultural do estado, falecido em abril deste ano. Confira o texto em sua homenagem, lido por China:
Pedimos licença para falar, neste último dia do FIG, de uma pessoa que, se estivesse aqui entre nós, talvez dissesse assim: Não quero isso! Vocês estão doidos! Não inventem! Mas ele não está mais aqui, infelizmente, partiu cedo, no dia 25 de abril deste ano, e deixou saudades nos amigos que fez na Secretaria de Cultura e Fundarpe, que ficaram esses dez dias lembrando dele, enquanto produziam mais um FIG.
Então, Sérgio Valença, melhor, Pezão, nos desculpe, mas vamos falar de você sim. Dizer que foi impossível realizar o festival sem que sua imagem aparecesse nas nossas cabeças e papos, enquanto realizávamos as tarefas básicas: montagem e funcionamento de palco, som, luz, programação, passagem de som, e tudo que acontece num backstage e que o público nem sempre tem conhecimento. Incluindo a Comunicação para a Imprensa. Pezão tinha ideia pra tudo e era estilo “papo reto” ao fazer suas defesas.
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Valeu Pezão! O FIG Agradece. |
Pezão era dos bastidores, mas não foi somente isso. Depois de comandar alguns dos mais importantes palcos do estado de Pernambuco, Pezão virou um professor de produção cultural, e nas oficinas que realizou em diversos festivais ele formou uma moçada grande, que hoje está pronta para fazer festivais do tamanho deste que se tornou o FIG.
Vocês, que ficam do outro lado do palco, não fazem ideia do que é ficar lá atrás. Pezão era um mestre em coordenar tudo atrás das cortinas. Para que aqui na frente estivesse tudo lindo! Sua cabeça fervilhava de ideias e não existia conversa sem que novos planos fossem cogitados, sem que críticas fossem feitas, e debates fossem gerados. Pezão falava sobre tudo: arte, futebol e política, principalmente a cultural.
Pezão, enquanto falamos de você aqui, dá para escutar tua voz e tua rizada. Tudo em você foi marcante. Não tinha como um homem do seu tamanho passar, sem que ninguém percebesse. E mesmo nesse primeiro FIG sem tua presença, tenha a certeza de que o teu estilo, e principalmente o amor que você tinha pelo trabalho da produção, vão marcar para sempre a geração de músicos, roadies, técnicos de som, de palco, de luz, músicos e toda galera que trabalha com produção e com música e teve a honra de dividir trabalho com você. Lembranças eternas de Pezão!
Mundo da Cultura Pernambucana