Este é o 1º de Maio de maior silêncio nas ruas. Nesta data histórica, a classe trabalhadora costuma ocupar os espaços públicos, em luta por direitos sociais e trabalhistas, reivindicando melhores condições de vida e trabalho. Mesmo com grande parte da população em casa, pelo mundo inteiro, ecoa a voz dos/as trabalhadores/as contra a exploração capitalista, causadora de pobreza, miséria e exclusão social.
A epidemia da Covid 19 é agravada por uma política de total desmonte do Estado brasileiro, empreendida a serviço dos interesses da elite brasileira, ações que vêm sendo implementadas a ferro e fogo desde o impeachment da ex-Presidenta Dilma Rousseff.
Essa política neoliberal tem promovido privatizações, alta concentração de renda e riquezas, gerando precarização do trabalho, desemprego e a retirada brutal dos direitos sociais e trabalhistas. A face mais perversa do neoliberalismo é agora desnudada pelas atitudes insanas do atual presidente do país, deixando a população entregue à própria sorte em meio a uma pandemia, recusando-se a tomar medidas que assegure o mínimo de segurança alimentar e renda.
Não fossem as ações solidárias do próprio povo, das organizações de esquerda, dos artistas e até alguns empresários, parte da população, que vem enfrentando um crescente empobrecimento nos últimos cinco anos, estaria em grave situação de fome.
Então, nesse 1º de Maio, que a classe trabalhadora possa revelar seu histórico potencial de transformar a dor em força para, mesmo em casa, continue com sua tarefa histórica de denunciar as atrocidades da classe dominante, desse governo fascista, pautado pelo ódio e preconceito. Precisamos anunciar um novo tempo, reconstruir as nossas organizações e erguer a nossa voz contra a política da morte!
Essa grave crise demonstra que é a classe trabalhadora quem tudo produz, nas fábricas, nas terras, nos serviços. Ressaltamos quem atualmente trabalha na saúde pública, assistência, segurança e outros serviços essenciais, categorias que precisam ser valorizadas e respeitadas mais que nunca!
Destacamos o papel das mulheres trabalhadoras, maioria nos serviços de manutenção/ limpeza, saúde e assistência, que têm arriscado suas vidas. São também maioria ativa nas campanhas de amparo à população esquecida pelo poder público.
Que esse 1º de Maio nos ensine que as soluções passam, obrigatoriamente, por outra lógica de governar, que priorize a VIDA e não apenas o mercado. A hora é de resistência e de união em defesa da democracia. Esse é nosso grito, diante de um cenário devastador, vamos superar mais esse gigantesco desafio!
SALVE A CLASSE TRABALHADORA!
LUCIMAR MARIA DE OLIVEIRA
Presidenta do PT Garanhuns