O ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, tinha apenas 10% das intenções de voto nas pesquisas para a Presidência da República. Isto representava a metade do que tinha Aécio, e geralmente pouco menos de 1/3 do que tinha Dilma Roussef, mas ele sabia que não era conhecido, e que quando estivesse nos debates com os outros candidatos, nas entrevistas nos principais meios de comunicação e no Guia Eleitoral, iria crescer, passaria Aécio e venceria Dilma no segundo turno. Tinha uma certeza impressionante, de convencer qualquer interlocutor.
Ele sabia! Interpretava corretamente as pesquisas e apostava no seu potencial.
Eduardo tinha o dom da comunicação, bem articulado racionalmente, bom discurso e argumentação, aliado a um incomparável domínio da imagem, de conversar com a câmera sem receio, passando a mensagem direto para quem estava do outro lado da televisão. Era o dono da verdade!
Eduardo tinha o dom da comunicação, bem articulado racionalmente, bom discurso e argumentação, aliado a um incomparável domínio da imagem, de conversar com a câmera sem receio, passando a mensagem direto para quem estava do outro lado da televisão. Era o dono da verdade!
Sem dúvida alguma, ia crescer. Mas ia vencer? Ninguém saberá, mas sairia maior desta campanha. De certo, Seria uma liderança nacional. E poderia, sim, ser Presidente da República já em 2015. As pesquisas mostravam que os indecisos poderiam definir a eleição. E agora vemos que os eleitores não tinham ainda consolidado suas escolhas.
Sua entrevista ao Jornal Nacional foi considerada a melhor de todas. Estaria nos debates, e todo mundo diz que ele "engoliria" Dilma e Aécio.
As pesquisas sinalizavam uma alta rejeição a Dilma, tornando complicada sua reeleição, entretanto Aécio não crescia. Ou seja, o eleitor queria mudar, mas não com Aécio. As outras candidaturas não eram nem são competitivas. Era aí que Eduardo entraria com o discurso da mudança com coragem e a Nova Política.
O destino foi cruel com a maior liderança surgida no Brasil pós-Lula. Dilma nunca teve carisma. Aécio nem nem.
Serra, Alckmin, Ciro... Nenhum deles.
Marina que pode se eleger presidente, tem mais votos que Eduardo, mas não tinha a liderança nem o ímpeto do pernambucano. Se se eleger, deve à consistência político-eleitoral montada por Eduardo, mesmo em um partido bem menor que PT e PSDB, sem as mesmas condições. O pernambucano montou um projeto viável, baseado em sua liderança natural.
Marina cresceu com base em seu recall de 2010, mas também em ter agora estrutura que possa se eleger. Não creio em comoção na eleição nacional.
Marina que pode se eleger presidente, tem mais votos que Eduardo, mas não tinha a liderança nem o ímpeto do pernambucano. Se se eleger, deve à consistência político-eleitoral montada por Eduardo, mesmo em um partido bem menor que PT e PSDB, sem as mesmas condições. O pernambucano montou um projeto viável, baseado em sua liderança natural.
Marina cresceu com base em seu recall de 2010, mas também em ter agora estrutura que possa se eleger. Não creio em comoção na eleição nacional.
Continuando... Veio Marina, e naturalmente aquele eleitor que não queria a continuidade de Dilma, nem a opção Aécio, encontrou na ex-senadora, já conhecida de 2010, o seu ancoradouro. Até quem votava nas candidaturas já consolidadas, mas não tinham convicção, fizeram o caminho para Marina, que virou a mudança que as pessoas queriam, mas não com Aécio.
Eduardo sabia. O danado enxergava além do que outros grandes líderes políticos do Brasil atual não conseguem ou não querem enxergar. Como ele mesmo dizia, é preciso ter coragem! Foi o que faltou a Dilma para confrontar as oligarquias políticas que governam, nos bastidores, o nosso país.
Eduardo trocou uma eleição segura por uma aventura. Mas ele estava certo! É preciso ter coragem!
Eduardo trocou uma eleição segura por uma aventura. Mas ele estava certo! É preciso ter coragem!