sábado, 16 de outubro de 2010

Augusto Souto mostra indignação com a situação do professor em Pernambuco


Sou professor da rede pública do Estado de Pernambuco há mais de 20 anos e venho aqui expressar sentimentos que acredito ser de toda nossa categoria profissional: Indignação, baixa estima, decepção, desânimo, insegurança no futuro e humilhação.

Tenho ouvido palestrantes afirmar que estamos vivendo a Era do Conhecimento e que o profissional que se destaca neste contexto, no caso, o Professor deveria ser mais Valorizado. Ora, se esta afirmação é verdadeira então acredito que o Governo de nosso Estado continua como os anteriores bastante desatualizado ou desinformado quanto a isso, pois aqui o profissional em Educação é o mais esquecido, humilhado constantemente aviltado em seus direitos, como vimos este ano através da Lei 154, que praticamente rasgou o nosso Plano de Cargos e Carreira, onde a partir dela uma merendeira que possivelmente ainda não é valorizada como merece, ganhará mais que um Professor com 20 anos de Carreira e com Mestrado, esta e a grande valorização e incentivo que temos no atual Governo quando nos propomos a nos capacitar e consequentemente melhorar a Educação do nosso Estado..

Queremos que fique bem claro que não pretendemos desmerecer as nossas companheiras merendeiras e sim demonstrar a quanto chegou à desvalorização e falta de incentivo aos professores em PERNAMBUCO.

Destes mais de 20 anos em que sirvo ao Estado exercendo esta profissão que alguns equivocadamente denominam de sacerdócio, só tenho ouvido promessas e nada de concreto foi realizado em nosso benefício; a falácia que a Educação será prioridade está caracterizada em todos os discursos nos períodos eleitorais independentemente do Partido político e quando assumem logo as promessas são esquecidas; neste Governo, por exemplo, são gastos milhões de reais em Propaganda para demonstrar a população que está se investindo em Educação, que os professores receberam notebooks, assinaturas de jornais e revistas (já canceladas) e esquecem de dizer que continuamos a receber o pior salário do Brasil. Portanto, não queremos “ESMOLAS” e sim salários dignos para que possamos escolher os notebooks, jornais e revistas que quisermos e não aqueles superfaturados para caixa de campanha e para calar a imprensa local. A Secretaria Prioriza a burocracia e relega o pedagógico, onde nossa caderneta mais parece um instrumento de tortura.

Você que lê este texto, faça uma visita a uma escola pública próxima de sua residência e converse com qualquer Professor e constatará que o que digo é a mais pura VERDADE.

Enquanto os nosso alunos vivem plenamente a era da informatização, os nossos Laboratórios de Informática sequer tem uma pessoa responsável por seu funcionamento e não são disponibilizados o mínimo de recursos para sua utilização (tinta para impressoras, atualização de softwares, papel, etc)

Diante disso, o que vemos é o êxodo de competentes profissionais de nosso Estado, migrando para Estados vizinhos e até mesmo abandonando a profissão para exercer outra função, simplesmente porque o seu salário não está sendo suficiente para sustentar sua família com dignidade. Infelizmente, hoje 15 de Outubro, nosso dia, em Pernambuco não temos nada a comemorar.
Augusto Souto - Professor e coordenador regional do SINTEPE
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Ciclo de palestras no Forum


Neste sábado acontece um ciclo de palestras sob organização do Prof. Msc. Tomé de Pontes Bonfim, no auditório do Fórum Eraldo Gueiros, a partir das 17h.

Entre os excelentes expositores, estarão presentes duas grandes referências no debate de direitos humanos da atualidade: Prof. Dr.Artur Stamford e Prof. Dr. Eduardo Rabenhorst, das Universidades Federais de PE e PB, respectivamente. Um dos objetivos é a criação de um centro de discussão sobre o tema direitos humanos em Garanhuns, aos alunos interessados em participar não deixem de comparecer ao evento. As palestras visam fomentar esse debate e iniciar a formatação do grupo de discussão.

Segue palestrantes e valores, de acordo com informações do organizador:

1- Artur Stamford da Silva,
Doutor em Direito pela UFPE, Professor Adjunto do Centro de Ciências Jurídicas da UFPE, Integrante da Comissão de Direitos Humanos Don Helder Câmara da UFPE, Coordenador do Moinho Jurídico (Mostruário de Observação Social do Direito).
Tema: A Produção de Sentido de Direitos Humanos no Brasil. Um olhar sobre os relatórios de direitos humanos.

2 - Eduardo Rabenhorst,
Diretor e Professor do Centro de Ciências Jurídicas da UFPB.
Tema: Nas margens dos direitos humanos

3 - Alfredo Oliveira,
Promotor de Justiça, Professor de Direito Penal.
Tema: Inovações legislativas no procedimento do tribunal do júri.

4 - Larissa da Rocha Barros Lima,
Advogada, Mestra em Direito Público pela UFAL e Profª de Direito constitucional e Direitos Autorais da Faculdade Maurício de Nassau Maceió.
Tema: Dos direitos humanos à propriedade intelectual – o conflito entre a proteção autoral e o acesso à informação na internet.

5 - Márcio Rocha,
Professor de Direito Administrativo e Direito Penal da Faculdade de Direito de Maceió - FADIMA (FEJAL - CESMAC). Professor de Direito Processual Civil da Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais de Maceió - FAMA. Pós-Graduado em Direito Constitucional pela Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL/SC. Servidor Público Estadual, atualmente lotado como Assessor Jurídico do Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas junto ao gabinete do Des. Estácio Luiz Gama de Lima.
Tema: Ativismo Judicial e o Controle de Políticas Públicas: Uma análise crítica da jurisprudência com base em parâmetros dogmáticos.

6 – Cecília Dantas,
Mestra em Direito Público pela UFAL, analista judiciária do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco.

7 – Marcelo Barros Jobim, Mestre em Direito Público pela UFPE, professor de Direito Constitucional.
Valor da inscrição R$ 40,00 (quarenta reais) - No local do evento até 30min. antes do início das palestras.

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Antecipando a campanha presidencial de 2014


Ao final desta campanha teremos um Presidente da República para o quadriênio 2011/2014. E o perdedor? Bem, a este uma certeza - Não terá outra chance de vestir a faixa presidencial. Se der Dilma, Serra passa o bastão para Aécio como presidenciável em 2014. Se der Serra, Dilma volta à sombra de Lula, e no máximo poderá disputar um senado ou uma cadeira na Câmara de Deputados.
E em 2014? É certo que o presidente ou presidenta será candidato a reeleição, pois esse papo de acabar com esse instituto que tem fragilizado nosso embate eleitoral, somente passa pela cabeça dos candidatos antes de eleitos, depois todo mundo quer é ter a oportunidade de repetir a dose. Portanto teremos Serra ou Dilma em 2014 defendendo a faixa e a cadeira no Planalto. A não ser que Lula assuma sua própria campanha, mas não creio, Dilma demonstra ser fiel ao presidente, é seu braço direito, e deverá gerir o país sob o olhar de nosso conterrâneo.

Se der Dilma agora, deveremos ter Dilma contra Aécio Neves. Marina poderá chegar novamente cotada mas sem a força do PSDB ou do PT será novamente muito difícil, por isso é interessante escolher um lado já agora. Ciro Gomes também tem potencial, mas acho que a eleição dele era essa. O Brasil não vive mais aquele pluripartidarismo eleitoral da eleição de 1989, quando tivemos quase duas dezenas de candidatos, e dentre eles pelos menos uns cinco ou seis com chances de ir ao segundo turno.

Se der Serra agora, deveremos ter a volta de Lula em 2014, que atenderia o chamado das oposições e do povo. Serra teria 4 anos para tentar desconstruir a imagem de Lula, e esse processo já começou. O crescimento de Serra no sul do país e depois um governo voltado a atender aquela região pode colocar em risco a mitificação do operário que virou presidente.

Como sempre acontece na recente história política brasileira, os novos governantes buscam mostrar que tudo que aconteceu de errado foi devido ao seu antecessor, e todo mundo acaba aceitando isso. Lula mesmo fez isso com FHC, que estabilizou a economia e deu os primeiros passos em direção ao investimento social. Mas a forma centralizada de gerir o país a partir da concentração do capital no sudeste, acabou por criar entraves ao desenvolvimento regional. Em Pernambuco, para quem não lembra, Jarbas Vasconcelos deixou o governo com alto índice de aprovação popular, elegeu-se senador com facilidade na mesma eleição que fez de Eduardo Campos governador, e agora, esse mesmo Jarbas, teve uma votação decepcionante. Fruto de quatro anos de uma administração que logrou ao antecessor as mazelas do estado. É a tal da desconstrução da imagem política. Em Garanhuns já aconteceu com Bartolomeu e Silvino. Ambos saíram de bem com a população mas depois não se elegeram a mais nada.

Portanto eu apostaria em dois clássicos diferentes para 2014: Dilma X Aécio, ou Serra X Lula.
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