sábado, 30 de maio de 2015
Romário faz golaço: PT APOIA CPI DA CBF
O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), garantiu o apoio da bancada do partido para a criação e o funcionamento da CPI que vai investigar a CBF e o comitê organizador local da Copa do Mundo Fifa 2014. Humberto tem se reunido nos últimos dias com o senador Romário (PSB-RJ), responsável pela apresentação do requerimento de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito, para traçar estratégias dos trabalhos do colegiado.
O requerimento foi assinado por 53 senadores, 26 a mais do que o mínimo necessário, e foi lido ontem em plenário. “Nós apoiamos essa CPI na expectativa de que ela possa trazer mudanças positivas para o futebol brasileiro. O Congresso já fez outras CPIs da CBF, mas, diante do atual cenário, esta organizada agora pelo Senado tem todas as possibilidades de dar melhores resultados”, avalia Humberto.
Agora que a CPI está pronta para ser instalada, os líderes partidários têm cinco dias para indicar os senadores que irão integrá-la. A formação do colegiado leva em conta o cálculo de proporcionalidade das bancadas e partidos no Senado. PMDB e PT são as duas maiores siglas da Casa. Romário já manifestou a intenção de ser o relator da CPI.
A Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado contará com a participação de sete titulares e sete suplentes e terá seis meses para investigar eventuais irregularidades em contratos feitos pela Confederação Brasileira de Futebol. A entidade é responsável por organizar e realizar as partidas da Seleção e os principais campeonatos do país.
Os senadores também irão apurar supostos desvios de recursos relacionados à realização da Copa das Confederações em 2013 e da Copa do Mundo de futebol de 2014. Ambas ocorreram no Brasil.
A ideia da criação da CPI ganhou força na última quarta-feira depois que a polícia federal americana, o FBI, prendeu na Suíça, com a ajuda de policiais locais, dirigentes da Fifa acusados de participar de um esquema de corrupção que movimentou mais de US$ 150 milhões nos últimos 20 anos. Um dos detidos é o ex-presidente da CBF José Maria Marin.
Além do apoio ao funcionamento da CPI da CBF, o líder do PT no Senado tem participado ativamente das discussões a respeito da Medida Provisória do Futebol, nº 671/2015, que visa moralizar e modernizar o esporte mais popular do país. Humberto busca um entendimento para a aprovação da proposta que, segundo ele, pode ajudar a recuperar o futebol brasileiro. O Bom Senso Futebol Clube, movimento formado por jogadores de futebol, é favorável à aprovação da MP. Já a CBF é contrária.
BRASIL ENGATA MARCHA RÉ: Economia brasileira encolheu 0,2% no primeiro trimestre, diz IBGE
A economia brasileira encolheu 0,2% no primeiro trimestre frente ao quarto trimestre de 2014, informou o IBGE nesta sexta-feira. Analistas esperavam recuo de até 1%. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve queda de 1,6%. Com o resultado, o Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país) ficou de R$ 1,408 trilhão entre janeiro e março.
Pelo lado da produção, a única atividade a registrar alta do PIB no primeiro trimestre foi a agropecuária, que avançou 4,7% frente ao quarto trimestre. A indústria caiu 0,3%, enquanto Serviços teve perda de 0,7%.
Já pelo lado do consumo, o consumo das famílias teve queda de 1,5%. O consumo do governo, por sua vez, recuou 1,3%. O investimento - medido pela Formação Bruta de Capital Fixo - caiu 1,4%. No setor externo, exportações tiveram alta de 5,7%, enquanto as importações subiram 1,2%. O IBGE revisou o resultado do primeiro trimestre de 2014 de 0,6% para 0,7%.
Na semana passada, o Banco Central divulgou cálculo estimando em 0,81% a contração no trimestre. De acordo com o IBC-Br, índice considerado uma espécie de “prévia” do PIB, embora tenha uma metodologia diferente, só em março o tombo da atividade econômica foi de 1,07%.
No ano passado, o PIB do país ficou estagnado, com avanço de apenas 0,1%. Já no quarto trimestre, houve avanço de 0,3% frente aos três meses anteriores. Os números foram divulgados em março, quando o IBGE informou que pesaram sobre o resultado o desempenho de setores como a indústria e a queda dos investimentos.
Analistas têm piorado suas previsões para a atividade econômica deste ano. Segundo o mais recente boletim Focus, pesquisa com economistas divulgada semanalmente pelo BC, a projeção é que o PIB recue 1,24% no ano. A recuperação ocorreria apenas em 2016, mas de forma parcial, com um crescimento econômico de 1%, segundo a mediana das previsões.
http://sindecgaranhuns.blogspot.com.br/
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RESULTADO DA ENQUETE: E-leitor do blog queria financiamento público de campanha na Reforma Eleitoral
Ficou claro nos últimos tempos que o sistema está corrompido nas doações de campanha. As empresas que financiam candidatos ditam as regras nas legislaturas e/ou participam dos rateios das obras geridas por seus políticos.
O mais recente caso é o Petrolão que abastecia um submundo da política com superfaturamento, desvios e acordos de um cartel para execução de obras na mais importante empresa do país, a Petrobras.
Além disso, mesmo que as doações sejam legais, ainda assim criam uma disparidade entre candidaturas. É claro que o empresário vai financiar o candidato alinhado com sua ideologia econômica, dificultando a chegada às câmaras e assembleias do país de políticos vindo das classes populares, estudantes, trabalhadores, profissionais liberais, que não têm os cofres cheios para gastar com políticas.
A Câmara dos Deputados também pensava assim, numa noite, mas mudou de ideia na outra.
No dia 26, os deputados votaram pelo fim do financiamento privado das campanhas. Um golpe no presidente da Casa, Eduardo Cunha, que é um representante da classe econômica.
Numa reviravolta supreendente, os deputados voltaram atrás no dia seguinte, e aprovaram. A mudança só foi que as doações não podem ser aos candidatos, mas para os partidos. Na prática, não muda nada, já que os empresários doam aos partidos, que enviam ao candidato.
Dizem que Eduardo Cunha colocou alguns partidos contra a parede, principalmente os que têm ligações com empresas, e até os deputados de partidos pequenos, que aceitaram um troca-troca de apoio. Votaram pelo financiamento privado, e o presidente não dificultará cláusulas de barreiras, nem dificultará estes partidos de terem seus recursos partidários.
Pois é, mas nosso e-leitor do blog, queria o contrário. Confira:
REFORMA POLÍTICA: Como deve ser o financiamento das campanhas eleitorais?
- Totalmente público. Não aceitando doações de empresas e de pessoas físicas. 53%
- Totalmente privado, sem verba pública, aceitando somente doações de empresas e de pessoas físicas. 24%
- Misto, com verba pública, mas sem aceitar doações de empresas, somente pessoas físicas. 20%
- Misto, com verba pública pública, e aceitando doações de empresas e pessoas físicas. 3%
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