Estivemos acompanhando o féretro de Júlio Jacinto, nesta sexta-feira (04). Seu Júlio tinha 94 anos.
Empresário de sucesso, marcado pela fábrica do Vinho Galvão, Júlio Jacinto é um personagem de nossa história e da nossa região. Uma lenda de verdade.
O velório aconteceu na Funerária Suíssa, e foi diferente, atendendo o seu próprio pedido.
Júlio Jacinto era apaixonado pelas cantigas de vaquejada, e principalmente os aboios. Patrocinou muitas duplas pelo interior do estado, a exemplo dos Bridões de Ouro, Vavá Machado e Marcolino. Também gostava das brincadeiras com forró pé-de-serra, e foi justamente com esta trilha sonora que foi velado e enterrado. Em um dos CD´s, a dupla de aboiadores agradecia o apoio recebido do amigo. Emocionou muita gente. Seu Clóvis tocou ao vivo toadas em sua sanfona e outro CD trazia Zezinho de Garanhuns e Marcolino, tirando versos da vida de gado.
Há poucos dias, Garanhuns perdeu Zé Antônio da Cersope, que teve um funeral inesquecível. Caminhantes, jipeiros, trilheiros, cavaleiros, clubes de serviço e até o exército fizeram suas reverências ao grande amigo.
Ninguém quer ir ao velório de ninguém, mas não pode deixar de elogiar quando tem homenagens simples e emocionadas, tornando o momento de despedida do jeito que a pessoa queria e merecia.
A família entendeu o pedido de Júlio Jacinto, e sua despedida foi seu último aboio. Muitos parentes, amigos e lideranças da região acompanharam velório e sepultamento.
Muita gente pensa assim. Não quer tristeza, quer alegria, com recordações e música.
Em nome de Ivana, Ivoneide, Menininha e Celino, Nossos sentimentos à família.