Vi no Jornal do Commercio deste domingo a situação de abandono pela qual passa o Geraldão, o maior ginásio de esportes da capital.
Aqui em Garanhuns o município não dispõe que um grande ginásio que possa receber eventos, por isso a do SESC acaba por ser a referência na questão. Os colégios particulares têm as suas também, mas cada uma com suas qualidades e problemas, não são ainda próprias para a prática do desporto profissional, nem se pode dizer que estão abertas à comunidade, pois são particulares, assim, são instrumentos para formação dos jovens matriculados nas instituições de ensino.
Também não dispomos de um Estádio Municipal para a prática do futebol amador ou até mesmo profissional, como é comum em muitos municípios. Temos os campos de bairros, geralmente de terra, e os dois campos dos clubes profissionais, Sete de Setembro e AGA. Além de campos melhores, gramados, de algumas associações de futebol master.
Acho até que por não ter essa despesa com manutenção de um ginásio municipal e estádio de futebol aumenta a responsabilidade e as verbas para patrocínios dos nossos clubes.
As quadras públicas já estão saturadas, e nenhuma possui condições de receber eventos. A do Parque Euclides Dourado tem o piso de cimento e não é coberta. A do Colégio Municipal, agora assumido pela AESGA (Não sei se a quadra ficará sob responsabilidade da Autarquia), está envelhida, cheia de problemas. As quadras de alguns outros colégios são para os alunos e algumas abrem para a comunidade, mas não chegam a comportar atividades maiores.
E esta crítica vem em um momento quando podemos dizer que nunca tivemos o desporto de Garanhuns tão bem representado no que tange os esportes amadores. O Secretário Carlos Eugênio tem feito todos os esforços para dar condições aos atletas, clubes amadores, e todos que o procuram para que possam treinar e participar de suas competições. E por isso, existem atletas despontando em várias modalidades.
O projeto Prefeitura Presente é um dos acertos da administração municipal, levando os jovens a praticar atividades esportivas, de olho na escola, com a possibilidade de num futuro, tornarem-se jogadores profissionais. Essa parceria com o Santa Cruz é importante sob dois aspectos. O prático, a possibilidade se torna real. E o lúdico, pois as crianças e adolescentes já passam a se motivarem agora, buscando estudar ainda mais e mostrar mais vontade, já ofertando ao projeto resultados imediatos, maximizando os bons números do projeto. O lado social é muito interessante, pois são oportunidades oferecidas para que não se tornem novos Léos da Vida.
Imagine então se tivéssemos melhores condições infra-estruturais para trabalhar várias modalidades. Poderia começar com um complexo esportivo, com campo, quadra, pistas de atletismo, onde os atletas pudessem treinar, salas para as várias entidades constituírem suas sedes, e a população utilizar como clubes de atividades.
Outra coisa, não podemos levar mais nada para o Parque Euclides Dourado, que já se encontra saturado. Temos que pensar em novos espaços de atividades esportivas no bairros, pois na maioria deles, não tem uma quadra sequer disponível para a população.
É isto.