terça-feira, 11 de julho de 2023

Pernambucano deve assumir comando da Defensoria Pública da União


Igor Roque atua na defesa dos mais vulneráveis há 10 anos


Com 20 votos favoráveis, um contrário e uma abstenção, o defensor público federal Igor Roque, 38 anos, indicado pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva para o comando da Defensoria Pública da União (DPU), foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, após sabatina realizada nessa terça-feira (11).

O nome de Igor Roque segue agora para aprovação no Plenário da Casa. Uma vez aprovado, o defensor será nomeado e empossado pelo presidente da Repúlica e estará apto para comandar a instituição por dois anos, no biênio entre 2023 e 2025.

Quem é Igor Roque?

Igor Roberto Albuquerque Roque nasceu em 26 de abril de 1985 e cresceu no bairro do Janga, em Paulista, Região Metropolitana do Recife (PE). A carreira no serviço público já estava em seus planos desde a escolha pelo curso de Direito, que concluiu na Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP).

Até a indicação, encaminhada para o Senado Federal no Dia Nacional da Defensoria Pública, celebrado em 19 de maio, Roque atuava na chefia da 2ª Categoria da DPU em Brasília (DF), liderando defensoras e defensores públicos federais que atuam na primeira instância do Poder Judiciário na capital federal.

Além do trabalho como defensor, Igor Roque atuou como procurador federal na Advocacia Geral da União (AGU) e como presidente da Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos Federais (Anadef), no biênio entre 2017 e 2019. Ele também foi chefe da unidade da DPU no Recife (PE).

“Passei no concurso da DPU por acaso, mas não foi por acaso que escolhi estar aqui. Quando fui nomeado, não pensei duas vezes. Era uma atuação que eu sabia que gostaria de fazer. Sempre quis contribuir para a construção de uma instituição que é fundamental para um país que tem uma desigualdade social gigantesca como o Brasil”, diz.

A experiência profissional de Roque também passa pela Academia. Já foi professor universitário de Direito Civil no Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Pesquisa, de Direitos Processual Penal na Universidade Estadual do Tocantins e de Direito Constitucional na Universidade Interamericana de Porto Velho.

Planos para a DPU

Ao olhar para o futuro da DPU, Roque ressalta a importância de o Estado oferecer acesso à orientação e à assistência jurídica gratuita e de qualidade, principalmente em um país que possui tão grande desigualdade social. Igor entende que é necessário tirar a ideia de Direitos Humanos do micro e levá-la para o macro. “Acho que é um espaço que a DPU precisa ocupar”, explica.

Para alcançar esse espaço, o defensor traça o caminho a ser seguido: a DPU precisa ser a Casa dos movimentos sociais. “São eles que, em certa medida, servem de termômetro para políticas públicas. E o local institucional por excelência para discutir, para questionar, para brigar por mudança é a Defensoria. A gente precisa estar aberto. Quero recebê-los aqui e ajudar a resolver os problemas do país. Essa é a nossa função”, afirma.

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