Dentre meus ídolos de infância/adolescência tinha um sujeito do cabelão, bigodes fartos e cavanhaque descuidado que cantava samba tocando piano. Nunca tinha visto aquilo! Suas canções de qualidade traziam sempre letras belíssimas, histórias de carnaval e do cotidiano. Brincou com o imaginário infantil com seu amigo Charlie Brown e fez o Nordeste cantar, - Aquela sanfona branca, aquele chapéu de couro, é quem meu povo proclama, Luiz Gonzaga de novo...".
E ele podia mais, entrava nas trilhas das novelas, lembro o ator Luís Gustavo em seus impagáveis papéis cômicos das novelas da globo com esse cara cantando - "Conheço um cara que só fala em se dar bem mas sempre dá mancada..." Pois é, Um misto de Paulinho da Viola com Demônios da Garoa, de Pedrinho Mattar com Martinho da Vila, de Tom Jobim com Jair Rodrigues, e de tantos outros artistas encontraremos também um pouco dele na música nacional. É como se dentro do samba ele tivesse descoberto um estilo somente pra ele. Mas quem é esse cara que outro dia foi à TV e em lágrimas mostrou a dor de quase ser esquecido? Benito di Paula, um compositor e cantor de mil sucessos ainda presentes na memória popular.
"Eu sou como a borboleta, tudo que eu penso é liberdade..."
"O amor que eu tenho marcado no peito... ah! como eu amei!"
"Você ficou sem jeito e encabulada, ficou parada sem saber de nada, quando eu falei que gosto de você..."
Entre tantas e tantas canções.. Como esquecer? Triste memória brasileira que desvaloriza a arte. Hoje, nosso Rio de Janeiro, que outrora aplaudia a qualidade musical e nos presenteava com esses artistas, nos manda ouvir pela mídia nacional porcaria funkeiras como se prestasse e fosse servir de exemplos nacionais. Não meus amigos, não irei entender nunca aquela zuada lá como cultura, a depreciação da música, do estudo e da sensibilidade feminina. O que entendo como arte estará em Garanhuns hoje, nos levando a tempos idos em que podíamos ser "Amigos dos sol, amigos da lua." saindo por aí pra "Assoviar ou chupar cana", (lembram dos roletes de cana que vendiam nas ruas?). "Como dizia o Mestre", "Viola não se empresta a ninguém", e a viola de Benito está afinada, e quem perder "Vai ficar na saudade". Saudade é palavra que escreve com lágrimas.
"Você cortou o barato, do meu amor
Você mentiu, iludiu, E me deixou por fora
Você é culpada do meu samba, Entristecer
Ah! Eu vou-me embora... "
Mas hoje, meu amigo Benito, chegará nosso carnaval, e se a cabrocha não desfilar, deixa pra lá, deixa ela no baile e vamos pra avenida sambar.
Porque vamos juntos descobrir que seu público ainda te ama, sabe todas as letras das suas canções e você, diante de uma praça lotada vai dizer - "Tudo está no seu lugar, Graças a Deus, graças a Deus! Não devemos esquecer de dizer, Graças a Deus!
Quer o conselho de um fã? Pega a viola e vem pro Nordeste. Adota uma praia. Canta teus sambas pra gente. Toma conta de uma pousada. Faz teus sambas por aqui, deita numa rede, sai no Galo da Madrugada, tomar água de côco em Porto de Galinhas, vem curtir Festival de Inverno, e descobre que dentre as mulheres brasileiras, as nordestinas estão em primeiro lugar! Agora chegou a vez.. e eu também vou cantar: Salve o mestre Benito di Paula!
E ele podia mais, entrava nas trilhas das novelas, lembro o ator Luís Gustavo em seus impagáveis papéis cômicos das novelas da globo com esse cara cantando - "Conheço um cara que só fala em se dar bem mas sempre dá mancada..." Pois é, Um misto de Paulinho da Viola com Demônios da Garoa, de Pedrinho Mattar com Martinho da Vila, de Tom Jobim com Jair Rodrigues, e de tantos outros artistas encontraremos também um pouco dele na música nacional. É como se dentro do samba ele tivesse descoberto um estilo somente pra ele. Mas quem é esse cara que outro dia foi à TV e em lágrimas mostrou a dor de quase ser esquecido? Benito di Paula, um compositor e cantor de mil sucessos ainda presentes na memória popular.
"Eu sou como a borboleta, tudo que eu penso é liberdade..."
"O amor que eu tenho marcado no peito... ah! como eu amei!"
"Você ficou sem jeito e encabulada, ficou parada sem saber de nada, quando eu falei que gosto de você..."
Entre tantas e tantas canções.. Como esquecer? Triste memória brasileira que desvaloriza a arte. Hoje, nosso Rio de Janeiro, que outrora aplaudia a qualidade musical e nos presenteava com esses artistas, nos manda ouvir pela mídia nacional porcaria funkeiras como se prestasse e fosse servir de exemplos nacionais. Não meus amigos, não irei entender nunca aquela zuada lá como cultura, a depreciação da música, do estudo e da sensibilidade feminina. O que entendo como arte estará em Garanhuns hoje, nos levando a tempos idos em que podíamos ser "Amigos dos sol, amigos da lua." saindo por aí pra "Assoviar ou chupar cana", (lembram dos roletes de cana que vendiam nas ruas?). "Como dizia o Mestre", "Viola não se empresta a ninguém", e a viola de Benito está afinada, e quem perder "Vai ficar na saudade". Saudade é palavra que escreve com lágrimas.
"Você cortou o barato, do meu amor
Você mentiu, iludiu, E me deixou por fora
Você é culpada do meu samba, Entristecer
Ah! Eu vou-me embora... "
Mas hoje, meu amigo Benito, chegará nosso carnaval, e se a cabrocha não desfilar, deixa pra lá, deixa ela no baile e vamos pra avenida sambar.
Porque vamos juntos descobrir que seu público ainda te ama, sabe todas as letras das suas canções e você, diante de uma praça lotada vai dizer - "Tudo está no seu lugar, Graças a Deus, graças a Deus! Não devemos esquecer de dizer, Graças a Deus!
Quer o conselho de um fã? Pega a viola e vem pro Nordeste. Adota uma praia. Canta teus sambas pra gente. Toma conta de uma pousada. Faz teus sambas por aqui, deita numa rede, sai no Galo da Madrugada, tomar água de côco em Porto de Galinhas, vem curtir Festival de Inverno, e descobre que dentre as mulheres brasileiras, as nordestinas estão em primeiro lugar! Agora chegou a vez.. e eu também vou cantar: Salve o mestre Benito di Paula!
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Na foto: Benito di Paula e minha esposa, Wilksonita, 1978.
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