Provocar, fascinar, divertir e até chocar estão entre as funções da cultura. É essa ação que ela provoca no público alvo que se pretende usar no combate ao preconceito contra gays. O tema será debatido durante o seminário “A Cultura como instrumento de garantia dos direitos humanos da população LGBT”, de 17 a 18 de julho, na cidade de Garanhuns, a três horas do Recife.
Utilizar as expressões culturais para dar o recado à sociedade sobre o respeito às diferenças sexuais está entre os objetivos do encontro que vai reunir especialistas em cidadania voltada para pessoas de orientação sexual diferente e ainda produtores culturais.
O seminário promove um debate a partir da questão: existe uma cultura LGBT? A tradução dessa cultura está mais para estereótipos e culto ao sexo do que pela produção de conteúdos culturais como define o escritor Daniel Harris, autor do livro "A Ascensão e a Queda da Cultura Gay" ainda sem tradução do Brasil.
Por outro lado, ressalta o autor, a estética gay se revela no gosto pela arte e no senso de bom humor das pessoas de orientação sexual diferente, além de suas referências na moda e na música.
O seminário vai propor a utilização de livros, filmes, peças teatrais e vídeos sobre orientação sexual como armas contra o preconceito. O que se vê hoje, inclusive a partir dessas peças, é a assimilação da cultura gay, o que, segundo Harris, "acabará na destruição dessa cultura".
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