Tá no blog do Dimas Santos.
Fundador e primeiro presidente do PT pernambucano, o ex-prefeito do Recife e deputado federal eleito, João Paulo, tem apenas nove meses e alguns dias para tomar aquela que pode ser considerada a decisão mais difícil de sua vida: abandonar o partido pelo qual foi vereador, deputado estadual e prefeito, em nome de um projeto eleitoral. Ele está sendo empurrado pelas circunstâncias para disputar a prefeitura da capital em 2012 e sabe que o candidato natural do PT não é ele e sim João da Costa.
Trocar de partido num país como o Brasil pode ser algo fácil para muitos políticos, mas para João Paulo é dificílimo. Afinal, ele tem uma história que se confunde com a própria história do PT e largar tudo isso em nome de um projeto eleitoral tira o seu sono e o de muitas pessoas que o acompanham há muito tempo. Reconciliar-se com o prefeito João da Costa é uma hipótese que ele não leva mais em consideração e se vier a candidatar-se novamente será num projeto de oposição ao atual prefeito.
Três legendas estão sob exame no momento: o PCdoB, o PSB e o PDT.
O Partido Comunista do Brasil o receberia de braços abertos dada a sua ligação política com o prefeito de Olinda Renildo Calheiros, sua antecessora Luciana Santos e o deputado estadual eleito Luciano Siqueira. O PSB também o acolheria, mas há um complicador de ordem prática: o vice de João da Costa, Milton Coelho, é filiado ao partido. E o PDT não só lhe daria a legenda como faria uma festa no Recife para assinalar o feito.
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