Vou começar este post com uma frase instigante: O Festival de Inverno de Garanhuns não é feito para o povão!
Bem, agora vou explicar.
Não devemos popularizar a programação do Festival de Inverno para poder atingir os diversos públicos. Esta parcela da sociedade já é atendida pelos diversos shows em praça pública ao longo do ano, vejam a programação do aniversário de Garanhuns, por exemplo.
As casas de shows também investem costumeiramente em programações populares.
Porém, até como um projeto de inclusão cultural, o FIG deve incentivar a participação de todos, fomentando o conhecimento. Trata-se de uma oportunidade inquestionável de oferta de um produto nem sempre disponível em nosso mercado: O bem cultural como facilitador de crescimento pessoal, através do contato com a arte.
O fato de não ser popular, não quer dizer que seja excludente.
E a programação muito popular não traz o turista que movimenta a nossa economia, de um poder aquisitivo maior. Portanto, Para vir a Garanhuns, ele precisa ser impactado por uma programação de qualidade, preferencialmente em todos os segmentos artísticos integrantes de nossa tábua de programação, embora a gente saiba a força dos grandes nomes da MPB. Mas o teatro tem que também trazer grandes espetáculos, a dança, o circo, o cinema, etc.
O turista da música é mais dependente da atração. Mas aquele que se apaixona por todo o festival pode virar freguês, e vir todo ano, independentemente de programação.
Por isso precisamos resgatar os palcos POP do parque Euclides Dourado e o Instrumental do Pau-Pombo, que sofreram desgastes nos últimos anos. O da Cultura Popular também teve uma queda.
O Festival de Inverno é a soma de todos os polos, palcos. Todas as tribos, todos os ritmos e cores. E outra coisa, não tem dono! É um patrimônio do povo de Pernambuco, mas é antes de tudo, um fruto de Garanhuns.
E precisamos divulgar. Temos que espalhar aos quatro cantos o grande evento que temos aqui. Pincipalmente nos principais centros urbanos do Nordeste. Não é inteligível não ter uma notinha sequer, um out-door, uma chamada no rádio, em TV ou outro meio de comunicação em cidades como Maceió, Arapiraca, Caruaru, Recife, Campina Grande, João Pessoa, Arcoverde e até Natal e Fortaleza. Está lá o potencial cliente do Festival de Inverno, além de toda a nossa região que partilha conosco da movimentação econômica e cultural.
E quanto a esta questão da repartição de atividades com outros municípios, fica mais uma vez evidente que o Governo do Estado não entende de Garanhuns. A divisão com outras cidades ligadas ao projeto maior, como aconteceu em Goiana e São José do Belmonte, no Sertão, não vem tendo a mesma receptividade em nossa cidade, onde a população entende o Festival de Inverno como identidade da gente, da nossa terra, e não tem aceitado a nova filosofia pluralizante de palcos em outras cidades do Agreste Meridional.
Estou perguntando aos nossos seguidores no orkut, facebook e twitter, quem eles gostariam de ver nos palcos do Festival de Inverno. Depois trago aqui pra vocês.