"Pra mim, o FIG é o maior festival de cultura do Brasil!". As palavras são do secretário de Cultura de Pernambuco, Fernando Duante, que avalia como positiva a primeira edição do Festival de Inverno de Garanhuns feita sob sua gestão. Bastante presente nos diversos palcos e espaços culturais armados pela cidade, o gestor vislumbra uma maior projeção cultural, turística e econômica do evento e anuncia que o planejamento do FIG 2012 será iniciado em setembro deste ano. Também quer trabalhar para ampliar a sua visibilidade e garantir maior espaço para manifestações artísticas como, por exemplo, o circo.
De acordo com ele, já está sendo negociada com a prefeitura de Garanhuns um local para abrigar lona maior, com capacidade para 2 mil pessoas, a fim de abrigar as atividades circences do próximo ano. De fato, não só o circo, mas o grande interesse do público por eventos ligados à literatura, dança, teatro e outras artes talvez confirmem a opinião do secretário sobre a grandiosidade do festival exposta anteriormente. Ao rodar pelos diversos polos culturais do FIG, a reportagem do JC presenciou famílias inteiras frustradas por não conseguir entrar para ver espetáculos de circo, de dança e peças de teatro infantis.
A procura por oficinas, o sucesso dos eventos literários, ingressos de teatro esgotados rapidamente também reforçam o conceito de que o Festival de Garanhuns vai muito além da programação dedicada à música. Uma das novidades deste ano, o Agente da Palavra (ação na qual poetas recitavam poesias para transeuntes e moradores em suas casas) foi muito bem recebido pela população e visitantes. E mesmo quando não era, rendia boas histórias como esta relatada pelo próprio secretário: "O poeta Valmir Jordão chegou numa casa e perguntou: 'Ô de casa, tem alguém aí?'. Falaram lá de dentro: 'Não tem ninguém não, todo mundo saiu!. Então, Valmir respondeu: 'Obrigado, fantasma!'", conta Duarte em meio a risos.
Sempre tendo cuidado em não dar tom de promessa a suas observações - ou melhor, intenções, como ele procura frisar - Fernando Duarte diz que já chegou a hora de "nacionalizar a importância do festival", ou seja, fazer com que ele se torne mais conhecido, mais respeitado em outros cantos do país e figure nas páginas de revistas e jornais de estados do Sul, Sudeste e demais regiões do Brasil. Para tal, ele pensa em uma intessante e ousada estratégia de potencialização do conteúdo artístico do FIG: a criação de diversos minifestivais os quais, juntos, integrariam o festival maior. A ideia é fortalecer todas as linguagens de forma que cada uma se torne em si atrativa para seus públicos específicos. Exemplo hipotético seria a criação de um festival de música erudita de Garanhuns. Apesar de estar inserido dentro da grade geral do FIG, o espetáculo musical contaria com ações de divulgação direcionadas aos amantes da música clássica. A mesma lógica serviria para a literatura, circo, cinema e assim por diante.
Leia a reportagem completa no Caderno C desta segunda (25).
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Agora comigo: Ouvi entrevistas do secretário Fernando Duarte e do presidente da Fundarpe Severino Pessoa, e senti uma maior preocupação cultural com o FIG, principalmente no sentido da divulgação, e oferecer maior participação ao município.
As falhas foram observadas ao longo do evento, muita coisa chegou a ambos e demonstraram vontade de resolver. A questão de nacionalizar o Festival e expandir a mídia para todo o país, principalmente os grandes centros urbanos do Nordeste, parece que vai virar realidade!
É aguardar pra ver, e renovar o crédito a esta nova gestão!
Obs. Consultei meus amigos twiteiros e a aprovação foi total, praticamente unanimidade. Muitos concordam comigo quando também dizem que foi o maior festival da história.